Dérbi 204: Ponte Preta tem ligeira vantagem sobre o Guarani

Eu aponto quem está em vantagem e tem maiores chances de vencer. E justifico as razões que me levaram a esta conclusão. Dei meu palpite.

Analistas de futebol geralmente prendem-se ao bordão 'dérbi é dérbi e vice-versa', ou jogo sem favoritismo, quando indagados

A Rádio Futebol Interior sorteará brindes
A Rádio Futebol Interior sorteará brindes (Foto: Divulgação/ Rádio FI)

Em publicação que certamente vai render mais leitura sobre dérbi, natural que o espaço seja explorado para divulgação da coluna Cadê Você, que lembra das duas passagens do goleiro Aranha pela Ponte Preta.

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Analistas de futebol geralmente prendem-se ao bordão ‘dérbi é dérbi e vice-versa’, ou jogo sem favoritismo, quando indagados sobre possibilidades de cada clube campineiro nesta acirrada rivalidade, ultimamente chamada de clássico, como se na prática os clubes fizessem jus ao adjetivo.

DÉRBIS ANORMAIS

Sim, a história mostra incontáveis vezes aquela equipe mais fragilizada para o confronto se superando e surpreendendo.

Quem diria que no dérbi sem público no Estádio Brinco de Ouro, de 13 de março de 2020, o Guarani encontrasse forças para tirar uma vantagem de 2 a 0 da Ponte Preta no primeiro tempo, e fosse virar o placar para 3 a 2?

O que dizer do dérbi de 1983, igualmente no Brinco de Ouro, quando a Ponte Preta contou com onze atletas em campo apenas 40 segundos, pois o então árbitro Almir Ricci Peixoto Laguna expulsou o lateral-direito Édson Abobrão após violenta entrada sobre o meia Neto.

E de que adiantou a pressão do Guarani, se perdeu por 1 a 0, gol de cabeça do zagueiro Osmar Guarnelli, logo aos seis minutos?

COISAS MUDAM

Se prognósticos de resultado ainda são perigosos em dérbi, o tempo – senhor de si – apagou de vez aquela máxima de atleta que faz gol contra o rival fica marcado para sempre.

Duvida?

Então quais os jogadores do Guarani marcaram gols na virada sobre a Ponte Preta por 3 a 2, em 2020, no Estádio Brinco de Ouro?

Você pode até lembrar que Júnior Todinho marcou o primeiro, mas quem fez o segundo?

Foi Juninho, que você nunca mais ouviu falar.

E o lateral-esquerdo Thallyson, autor do terceiro gol, deu ‘sopa’ no mercado no início do ano e foi parar no Santo André.

Eternamente vão lembrar dos dois gols de Medina na virada bugrina por 3 a 1, de 2012, no Brinco de Ouro, ou do argentino Gigena, na vitória pontepretana por 3 a 1, no mesmo local, porém em 2003.

CARACTERÍSTICAS

Hoje, a cara deste time pontepretano é bem conhecida: muita intensidade nos dois tempos de jogo.

Um time que ‘vende’ fôlego com a garotada, não hesita em atacar, na certeza de ‘gás’ para a recomposição, e até porque o Guarani raramente usa velocidade nos contra-ataques.

O toque de qualidade dos pontepretanos é dado pelo meia Élvis, mas sabiamente o treinador adversário – caso de Mozart Santos – deve individualizar a marcação sobre ele, na tentativa de minar a qualidade com a bola em movimento.

Mas tem a tal de bola parada, que Élvis sabe bater nela como poucos.

Outros treinadores sabiam do escanteio da Ponte com bola no primeiro pau, para alguém resvalar visando o segundo pau e consequente complementação de quem estiver posicionado ali.

Adversários dos pontepretanos sabem disso e continuam sofrendo gols nesse estilo, bem como a presença do volante Allisson para cabeceio foi transformada em uma das armas ofensivas da Ponte.

LUCAS RAMON

Há bugrinos que lamentam a lesão do lateral-direito Diogo Mateus, que desfalca a equipe neste dérbi.

Se há perda pelo setor na transição ao ataque, convenhamos que o substituto Lucas Ramon marca melhor e se beneficia da estatura de 1,78m de altura, quatro a mais que Diogo Mateus, no enfrentamento à bola aérea pontepretana.

BRUNO MIRANDA

Uma lesão muscular do centroavante Jenison pode desfalcá-lo do time bugrino, justo ele que a princípio havia mostrado ganho na bola aérea ofensiva, pela performance como cabeceador.

Caso isso se confirme, está aí a chance de se conferir aquilo que se sabe apenas por ouvir dizer do atacante boliviano Bruno Miranda, que teoricamente deveria ser o substituto, e não a escalação de Nicolas Careca.

O histórico de Bruno Miranda de 13 gols em 26 jogos, em campeonato daquele país, dá perspectiva otimista ao torcedor bugrino, que raramente tem visto gols de atacantes neste Brasileiro de Série B.

PELA LÓGICA

Seja como for, a lógica indica leve percentual de favoritismo à Ponte Preta, não apenas por jogar em seus domínios e com amparo de sua numerosa torcida.

A natural ascensão da equipe mostra que, se ela repetir aquilo que tem mostrado, suas possibilidades são maiores de vencer, caso o Guarani não se supere.

Ficou claro que ele precisa mostrar bem mais daquilo visto diante do Náutico.


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