De rivais na Série B à disputa global: Palmeiras e Botafogo reeditam clássico de 2003 no Mundial de Clubes
O reencontro em solo norte-americano é mais do que um confronto entre dois brasileiros: é a celebração de trajetórias distintas
O duelo no Mundial de Clubes acontecerá neste sábado, às 13h, e definirá o primeiro time classificado às quartas do torneio
São Paulo, SP, 28 (AFI) – Palmeiras e Botafogo voltam a se enfrentar nesta sexta-feira, agora em um dos palcos mais prestigiados do futebol mundial. O confronto pelas oitavas de final do Mundial de Clubes 2025 traz à tona uma lembrança que muitos torcedores carregam com intensidade: a decisão simbólica da Série B de 2003, quando os dois gigantes mediram forças em um duelo que selou o retorno do Verdão à elite e consolidou a reconstrução do Glorioso.
Naquele 22 de novembro de 2003, o estádio Palestra Itália recebeu mais de 30 mil torcedores para o confronto decisivo da segunda fase da competição, já com ambos os times garantidos na Série A do ano seguinte. Com gols de Pedrinho, Vágner Love, duas vezes, e Magrão, o Palmeiras venceu por 4 a 1 e ergueu a taça da Série B. O Botafogo, comandado por Levir Culpi e com ídolos como Túlio, voltava ao cenário principal com dignidade após um ano de incertezas e reestruturação.
O encontro no Mundial representa a distância percorrida desde então. O Palmeiras se consolidou como uma das maiores potências do futebol brasileiro no século XXI, colecionando títulos nacionais e continentais, incluindo duas Libertadores e três Brasileiros desde 2016. Com estrutura de ponta e uma base sólida, tornou-se referência em gestão e desempenho.
DIA HISTÓRICO!
Do outro lado, o Botafogo vive uma guinada recente. Após anos de oscilações, o clube foi adquirido pela SAF comandada por John Textor e passou a investir fortemente em infraestrutura, elenco e performance. O título brasileiro de 2024 foi o símbolo de uma virada histórica, com nomes como Tiquinho Soares, Eduardo e Marlon Freitas escrevendo um novo capítulo no clube que revelou Garrincha.
O reencontro em solo norte-americano é mais do que um confronto entre dois brasileiros: é a celebração de trajetórias distintas que se entrelaçam novamente em alto nível. O passado de reconstrução dá lugar ao presente de ambição. E, independentemente do resultado, o duelo desta sexta é a prova de que os caminhos mais difíceis podem levar às maiores vitrines do futebol.
ESCALAÇÕES
PALMEIRAS – Marcos, Baiano, Leonardo, Glauber e Lúcio; Marcinho Guerreiro, Magrão (Corrêa), Élson e Diego Souza (Pedrinho); Edmílson (Muñoz) e Vagner Love.
BOTAFOGO – Max, Rodrigo Fernandes, Sandro, Edgar e Jorginho Paulista; Fernando, Túlio (Gedeil), Camacho e Almir; Dill e Edvaldo (Daniel).
