De Felipe Moreira: “jamais passou pela minha cabeça entregar o cargo”

A torcida pontepretana ficou brava após o empate no Majestoso com o lanterna da Série B. Sobrou xingo para todo mundo

E precisava Moreira, mais uma vez, 'sacar' o volante Felipe Amaral para a entrada do atacante Eliel, aos 13 minutos do segundo tempo?

Série B - Majestoso
Ponte Preta não foi bem. Foto: Diego Almeida - AAPP

Campinas, SP, 6 (AFI) – A irada torcida pontepretana se manifestou com veemência nas imediações do vestiário da Ponte Preta, após o empate sem gols contra o lanterna ABC, desta Série B do Campeonato Brasileiro, na noite desta terça-feira.

A repetição do fiasco de futebol mostrado pela Ponte Preta recomendava que o treinador Felipe Moreira sequer fosse à sala de imprensa para a entrevista coletiva de praxe, e sim informado pelo presidente Marco Eberlin que deveria voltar ao comando do time sub-23.

Por que não desligar do elenco principal um interino até outro dia, que precipitadamente foi efetivado no cargo?

O que deveria ter peso maior: a teimosia do dirigente em contrariar as evidências, ou manifestações através de vaias da quase totalidade dos 3.717 torcedores que foram ao Estádio Moisés Lucarelli e milhares de outros, através da televisão, que constataram mais uma vez o seu time jogar essa bolinha?

Se eventualmente não quitaram o débito com o ex-treinador Hélio dos Anjos, e isso seria o impedimento para a contratação de outro profissional, então recorram ao comandante dos juniores, Édson Boaro, que quando atleta era conhecido como lateral-direito Édson Abobrão.

VAIDADE

Pra completar a ira do pontepretano que se ligou na entrevista coletiva pós-jogo, destaque para a precisa pergunta feita pelo repórter Fernando César, da Rádio Central, que sem rodeio questionou Felipe Moreira se não seria o caso dele pedir demissão ao constatar que o time não rende e a torcida está enfurecida.

Aí, com a soberba daqueles que pensam exclusivamente em si, Moreira respondeu: “Jamais passou pela minha cabeça entregar o cargo. Aqui estou fazendo o meu melhor”.

Que melhor é esse se até leigo na bola constata em campo um time desorganizado, sem combinações de jogadas, com alta incidência de erros de passes e novamente na escalação jogadores que pouco têm acrescentado?

Que ‘melhor’ o profissional está fazendo se o lanterna ABC veio a Campinas e criou as melhores chances para ganhar o jogo?

Como assim?

Vamos lá.

E aquele ‘petardo’ do meia Tonny Anderson logo aos seis minutos, que ‘balançou o travessão.

Aquela escapada do atacante Maycon Douglas pela esquerda e perfeito passe para o seu parceiro Júnior Todinho, quase da marca de pênalti, livre, ‘isolar’ a bola, aos 13 minutos.

E para fechar o primeiro tempo, aos 47 minutos, Thonny Anderson deu assistência perfeita para Júnior Todinho, na cara do gol, mas o lateral-esquerdo Artur se atirou na bola e evitou a finalização.

CÁSSIO GABRIEL

Já o confuso time pontepretano só fez o goleiro Simão trabalhar quando o meia Cássio Gabriel arriscou chute do meio da rua, para que a bola fosse espalmada a escanteio.

E a gente é obrigado a ouvir comentarista de televisão dizer que o meia Matheus Jesus aparecia no jogo como grande articulador.

Como Matheus Jesus, que mais uma vez nada acrescentou, questiona-se por que o futebol do atacante Pablo Dyego desapareceu desde o início desta Série B?

ELIEL

E precisava Moreira, mais uma vez, ‘sacar’ o volante Felipe Amaral para a entrada do atacante Eliel, aos 13 minutos do segundo tempo?

Neste time pontepretano que não anda, é um despropósito Eliel não ter camisa de titular. E foi do pé dele, aos 16 minutos, a primeira jogada de criatividade do time, quando foi ao fundo, cruzou, e na fraca finalização de Pablo Dyego o goleiro Simão defendeu.

Na segunda e última chance da Ponte, novamente a bola caiu no pé de Dyego, e o chute foi em cima do goleiro Simão.

THONNY ANDERSON

No time do ABC, o meia Thonny Anderson, ‘morreu’ fisicamente com 15 minutos do segundo tempo, justo ele que dava dinâmica na distribuição de bola e usava a privilegiada visão de jogo.

Apesar da queda de rendimento da equipe potiguar no segundo tempo, em contra-ataque puxado por Gustavo, Wallace ficou na cara do gol, mas chutou a bola para fora, aos 44 minutos.

E ainda ocorreu um lance subsequente de ataque do ABC marcado por dúvida se o goleiro pontepretano Caíque França teria cometido pênalti no choque com o atacante Felipe Garcia.

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