Daniel Paulista é o principal culpado pelo vexame do Guarani

O técnico errou nas substituições e contribuiu diretamente pro vexame

Quem puxa fila dos culpados é mesmo o técnico que insistiu com Matheus Souza

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A imprevisibilidade desta Série B do Campeonato Brasileiro não permite se atribuir favoritismo para quaisquer dos clubes.

Era voz corrente sobre a obrigatoriedade de o Guarani se impor no jogo contra o Vila Nova, em Campinas, na manhã deste sábado.

Só que há um porém.

Esse porém se aplica ao bordão de que ‘futebol é jogado e lambari é pescado’.

E quem pescou o liso peixe lambari foi o Vila Nova, ao vencer a partida no Estádio Brinco de Ouro por 4 a 1.

O resultado desmontou todos os prognósticos e serão atribuídas culpas a vários jogadores e principalmente aos erros do treinador Daniel Paulista.

GOL RELÂMPAGO

O gol que o time goiano marcou logo aos dois minutos, num chute forte do volante Dudu, de fora da área, com endereço no canto esquerdo bugrino, foi determinante para que o Vila Nova se fechasse de vez em seu sistema defensivo e impusesse maior dificuldade de penetração ao Guarani.

Aí, os contra-ataques do Vila Nova foram mortais, como aos 20 minutos, quando Alesson lançou Henan, que inteligentemente tocou por cobertura em saída precipitada da meta do goleiro Gabriel Mesquita.

TERCEIRO GOL

Dez minutos depois, repetição de contra-ataque do time goiano, com a defensiva bugrina desguarnecida, ocasião em que o meio-campista Arthur Rezende chutou forte, de fora da área, para falha do goleiro Gabriel Mesquita, ao rebater a bola para o interior de sua área, propiciando que o meia Renan Mota, que acompanhava a jogada, apenas tocasse a bola para a rede: 3 a 0.

Sem capacidade de infiltração na defensiva goiana, o Guarani arriscava finalizações de fora da área, sem êxito.

De nada adiantava rodar a bola de pé em pé, numa aparente visão de envolvimento do adversário, quando se esbarrava no chamado último terço do campo, ou insistia, de forma infrutífera, em bolas alçadas diante de uma defensiva adversária com jogadores altos, que as rechaçavam.

De lance consistente do Guarani na ofensiva, durante o primeiro tempo, apenas bola desviada pelo zagueiro Thales, no primeiro pau, em cobrança de escanteio, que passou rente ao poste direito do goleiro Georgemy.

Já o Vila Nova desperdiçou o quarto gol ainda no primeiro tempo, aos 44 minutos, quando Henan recebeu passe de Alleson, mas não soube definir a jogada.

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Daniel Paulista mexeu mal no time. Foto: Thomaz Marostegan – GFC

MESMO PERFIL

Insistência do Guarani em penetrar no bem montado esquema defensivo do Vila Nova não resultava em efeito prático, e por isso o time continuou arriscando de fora da área, como em chutes de Bruno Sávio e Andrigo, para defesas do goleiro Georgemy.

Quando tudo indicava que a partida se arrastaria daquela forma até o final, apesar da oxigenada no time goiano com as alterações, eis que aos 40 minutos do segundo tempo, em mais um contra-ataque do Vila Nova, o volante Éder Monteiro, que havia entrado dois minutos antes, marcou o quarto gol.

A tragédia bugrina em nada foi diminuída com o gol de honra aos 49 minutos, em jogada pessoal de Allan Victor, que cortou por dentro e acertou chute certeiro, no canto esquerdo do adversário.

DANIEL PAULISTA

Quem se dispuser eleger os principais responsáveis pelo tropeço do Guarani, quem puxa a fila é o treinador Daniel Paulista, que contrariou a lógica ao insistir com a escalação do atacante de beirada Matheus Souza, que errou quase todas as jogadas, para sacá-lo aos 38 minutos do primeiro tempo.

Andrigo, que o substituiu, pouco acrescentou, assim como houve mudanças questionáveis na equipe, ao sacar os laterais Diogo Matheus e Bidu.

Não houve ganho com a entrada de Pablo como ala, pela direita, e não teve nexo sacar o zagueiro Ronaldo Alves para entrada de Índio, com liberdade para que usasse o lado esquerdo do campo.

ALLAN VICTOR

Claro estava que Allan Victor, sim, deveria estar em campo desde o início, mas entrou aos 24 minutos do segundo tempo, no lugar de Bidu.

Outro erro que Daniel Paulista poderia ter evitado foi a escalação do centroavante Lucão, que não se conscientiza para entrar em forma. Assim, torna-se presa fácil para marcação adversária.

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