Da Lupa deixa a Portuguesa no fundo do poço e com dívida milionária

Chamado de Manezinho pela torcida, Manoel da Lupa termina o seu mandato com a Lusa nadando em dívidas

Manoel da Lupa, chamado de “Manezinho do Canindé” pela torcida da Portuguesa, encerra seu terceiro mandato (nove anos) na presidência do clube da pior maneira possível. Deixou a Lusa no fundo do poço. O clube está arrebentado

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São Paulo, SP, 30 (AFI) – Manoel da Lupa, chamado de “Manezinho do Canindé” pela torcida da Portuguesa, encerra seu terceiro mandato (nove anos) na presidência do clube da pior maneira possível. Deixou a Lusa no fundo do poço. O clube está arrebentado: devendo R$ 40 milhões para o Banco Banif e deixando de arrecadar mais R$ 40 milhões em 2014 porque caiu para a Série B. E, com certeza, vai acumular mais dívidas para trás – trabalhistas e cíveis. Dá dó de Ilídio Lico, o novo presidente, com esta herança maldita. Ela já entra com uma conta negativa perto de R$ 120 milhões.

O novo presidente acaba de saber, através do próximo vice-presidente jurídico da Portuguesa (a partir de quinta-feira), Orlando Cordeiro de Barros, que Da Lupa não deu nenhuma informação a respeito de sua administração e pior, deixou termos bancários – dívida a curto prazo – de R$ 10 milhões que precisam ser pagas até o final deste ano, ou seja, terça-feira.

DÍVIDA CURTO PRAZO
Segundo declarações de Barros, as dívidas incluem salários atrasados, acordos com fornecedores e até contas de água e luz do clube. Um verdadeiro turbilhão de dívidas herdadas da má administração do “Manezinho do Canindé”.

Para fechar sua administração com “chave de ouro”, Da Lupa “aceitou a ajuda” de Marco Polo del Nero, que sempre só defendeu os interesses dos grandes clubes. Um cartola que fez da Federação Paulista de Futebol (FPF) uma entidade elitista e abandonou os demais filiados, principalmente do Interior. E agora está obcecado para assumir a CBF.

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N
o recente caso de irregularidade do meia Héverton, a pedido de Marco Polo, o ainda presidente da Lusa contratou João Zanforlin, que vendeu a ilusão de uma tese suicida no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) do Rio de Janeiro. Resultado: levou uma surra nos Tribunais.

Não contente, decidiu, de forma ditatorial, congelar o prêmio prometido aos jogadores por escaparem da Série B dentro de campo. Que culpa eles têm? A maioria ficou três meses sem receber salários e, nem por isso, deixou de lutar pelas cores do time.

Fosse Manoel da Lupa um dirigente sério, tiraria do bolso o dinheiro para estes jogadores e também para cobrir os rombos do clube. Pelo que consta, suas empresas estão indo muito bem.