São Paulo, SP, 05 (AFI) – Independente do resultado, o jogo deste domingo será histórico de qualquer forma. Pois colocará frente a frente dois times desacreditados, que precisaram provar o seu valor no decorrer do Campeonato Paulista. É verdade que a Ponte Preta precisa praticamente de um milagre contra o Corinthians na Arena Itaquera, mas a Macaca já provou que é capaz de fazer o que muitos julgam impossível, como tirar Santos e Palmeiras do caminho. A bola está marcada para rolar às 16 horas.

O primeiro jogo terminou 3 a 0 para o Corinthians em Campinas, o que destruiu a confiança do adversário, mas não apagou o sonho de ser campeão. A Ponte trabalha com o discurso: “é difícil, mas não impossível”. Durante a semana o técnico Gilson Kleina trabalhou algumas mudanças no time titular, tentando surpreender o time da casa. Caso vença por três gols de diferença, a decisão sairá dos pênaltis – se meter quatro fica com a taça.

Já o Corinthians vê a oportunidade de conquistar o primeiro título da história dentro da Arena Itaquera. Calma, torcedor, é isso mesmo: todas as decisões que o time participou desde 2014, quando a nova casa foi inaugurada, aconteceram foram de casa. O mais perto que o Timão chegou foi em 2015, quando goleou o São Paulo e comemorou o título do Campeonato Brasileiro. Mas o time já entrou em campo campeão e não foi propriamente dita uma final.

MUDA POUCO

Embora tenha sido punido com um jogo de suspensão, ainda não cumprido, Fagner poderá atuar porque o atleta recebeu efeito suspensivo e assim poderá atuar até que volte a ser julgado pelo Pleno do TJD. A justificativa do presidente do TJD-SP, Antônio Assunção de Olim, para a decisão foi a própria indefinição ocorrida no primeiro julgamento do atleta. Dois auditores pediram punição de um jogo para ambos os jogadores. Já outros dois auditores queriam apenas punir o lateral com uma advertência.

Outra confirmação dada por Fábio Carille nesta sexta-feira foi a presença de Camacho no lugar de Rodriguinho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O jogador já vinha treinando durante a semana na equipe titular e será mesmo a aposta do treinador para a decisão do Estadual. “Com Camacho, eu ganho mais posse de bola, ganho mais qualidade. Se engana quem pensa que o Camacho é um volante, precisou jogar no ano passado pela necessidade, Camacho é um meia e sempre foi. Por isso, a opção de manter dois jogadores armadores na equipe, sendo Jadson e Camacho para esse jogo”, justificou.

COMO VAI?

Principal dúvida para o jogo, o zagueiro Yago mais uma vez não treinou com o restante do grupo e está praticamente descartado. Ele saiu no segundo tempo da derrota por 3 a 0 no primeiro jogo e trabalhou separado durante toda a semana, acompanhado dos médicos. Por outro lado, Marllon volta a ficar a disposição depois de cumprir suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo e já reassume sua posição no time titular. Fábio Ferreira, que jogou no último final de semana, não rendeu o esperado e volta para o banco de reservas.

Só que nem mesmo o desfalque de Yago fez Gilson Kleina mudar de ideia. O treinador deu indícios durante a semana que irá mandar a campo três zagueiros, com Reynaldo voltando para a sua posição de origem, já que vinha atuando como lateral esquerdo. Com isso, Artur e Nino Paraíba poderiam jogar como alas, ao lado de Clayson e Lucca. Para isso, o volante Jadson teria que deixar o time titular, com apenas Elton e Fernando Bob no meio campo.