Corinthians está mal, mas Guarani não soube aproveitar
Time bugrino perde por 1 a 0
Corinthians está mal, mas Guarani não soube aproveitar

Se há um jogo que pode ser observado por diferentes ângulos, sem dúvida é este em que o Corinthians ganhou do Guarani por 1 a 0, na noite deste domingo, em Campinas.
Quem disser que o Guarani fez por merecer pelo menos o empate, não deixa de ter razão.
Afinal, oportunidades foram criadas para complementação do atacante Bruno Sávio.
Uma delas desperdiçada por erro de pontaria e outra em chute fraco que parou nas mãos do goleiro corintiano Cássio.
Quem de fato exigiu defesa no reflexo de Cássio foi o volante bugrino Índio, que logo aos dois minutos do segundo tempo, no segundo pau, acertou cabeçada com bola no chão.
Afora isso, finalização precisa do estreante meia Régis, que caprichosamente a bola se chocou no poste esquerdo do goleiro corintiano.
Considerando-se que o Corinthians não criou outra oportunidade além do lance do gol, pelo menos o empate o Guarani fez por merecer.
TIME BUGRINIO MELHOROU?
Fixando-se no relato acima, é natural o questionamento: de fato o Guarani realizou partida convincente, e pode-se esperar que vai engrenar ainda neste Paulistão?
Claro que houve evolução técnica-tática comparativamente às primeiras quatro rodadas, quando o time ficou devendo melhor rendimento.
O período de preparação de cerca de um mês implicou em compactação da equipe quer quando se defende, quer quando ataca.
A cintura de marcação na cabeça da área e a postura com laterais mais fixos deram maior consistência defensiva, mas tem-se que considerar a incapacidade de criação do time corintiano. Seus novatos que ganham oportunidades ainda estão longe de representar a tradição da camisa centenária de glórias e tradições do Timão.
Vitinho, Mosquito e Rodrigo Varanda podem até mostrar melhor rendimento na sequência, mas não jogaram absolutamente nada neste domingo.
E o atacante Cauê só não é acrescentado nesta relação devido ao oportunismo no lance do gol que deu vitória à sua equipe, aos 27 minutos do segundo tempo, quando Léo Natel ganhou na velocidade do lateral Bidu, e em seu cruzamento a bola ganhou efeito e traiu o goleiro bugrino Gabriel Mesquita, que havia se adiantado.
Aí, na tentativa de o goleiro espalmar a bola, ela não ganhou distância e se ofereceu ao corintiano que, livre de marcação, na pequena área, apenas escorou de cabeça.
FINALIZAÇÕES
Se hoje o Guarani troca passes com mais rapidez e assim consegue se aproximar da área adversária mais vezes, está claro que precisa melhorar a pontaria de seus finalizadores.
Apesar da movimentação do atacante de beirada Júlio César, falta-lhe objetividade na maioria das vezes.
É questionável o posicionamento do meia Andrigo pela beirada de campo, pois falta-se velocidade para jogadas de um contra um, assim como, por vezes, deixa de fazer a recomposição para acompanhar as descidas ao ataque de lateral adversário.
VOLANTES
Se até na marcação Rodrigo Andrade tem se ajustado como segundo volante, a postura de seu companheiro Índio ainda não é a adequada, embora tenha melhorado comparativamente às apresentações anteriores.
Exige-se dele mais mobilidade, principalmente porque o posicionamento do meia Régis tem sido mais adiantado.
SCIOLA
Ficou claro a filosofia do treinador Allan Aal de priorizar os laterais na marcação, pelo menos por ora.
Por isso, raramente viu-se Éder Sciola e Bidu com chegadas às proximidades da área adversária.
Há situações que exigem arrojo do treinador em liberar literais, principalmente Bidu.
Para atacar Sciola não seria o mais recomendável num elenco que dispõe de Pablo.
Enfim, embora reconheça-se avanços no time bugrino, é possível melhorar mais.
SÃO PAULO
Pelo futebol mostrado pelo São Paulo ao golear o São Caetano, a projeção natural seria rotulá-lo como favorito no confronto de quarta-feira contra o Guarani.
Todavia, há um condiconante que pode favorecer aos bugrinos: São Paulo realizará quatro jogos no intervalo de uma semana.
Se vai manter força máxima contra o Bragantino nesta segunda-feira, não se descarta a hipótese de poupar titulares contra o Guarani, e aí tudo muda de figura.
Tendência de poupar titulares contra o Guarani ganha lógica porque na sexta-feira o São Paulo vai participar do clássico com o Palmeiras.






































































































































