São Paulo, SP, 5 (AFI) – Aconteceu o que pouca gente esperava. Na condição de zebra, o Bragantino segurou o Corinthians, dentro do Pacaembu, no empate por 1 a 1, neste domingo à tarde, pela quinta rodada do Campeonato Paulista. Pior mesmo para o timão, que perdeu os 100% de aproveitamento e também, pela primeira vez, deixou a liderança do Paulistão. Tem os mesmos 13 pontos do Paulista, mas perde no saldo de gols: 8 a 5.

O Bragantino quebrou a série de quatro vitórias do Corinthians, ganhou moral com este empate, mas continua com campanha apenas regular. Soma cinco pontos, em posição intermediária.

Gol rápido
O cenário natural do jogo seria o Bragantino bem fechado, esperando a pressão do Corinthians. Mas logo aos dois minutos o visitante abriu o placar. Após a cobrança de falta de Romarinho, de longe, o goleiro Júlio César deu rebote e Serginho chegou finalizando para as redes.

No lance ficou a impressão de que dois jogadores do Bragantino estavam em posição de impedimento. Um deles, o zagueiro André Astorga, chegou a se movimentar na frente do goleiro, por conseqüência, caracterizando o impedimento. Depois disso, ficou melhor ainda para o time do Interior, que passou a esperar o erro dos corintianos.

E nem houve muito erro, porque o Corinthians ameaçou somente em dois chutes de longe, ambos defendidos pelo goleiro reserva Alê. Um deles de Leandro Castãn e outro de Paulinho. Aos 45 minutos, porém, aconteceu o inesperado: o zagueiro Murilo Henrique entrou forte em Gilsinho e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso.

Reclamações e explicações
Nem tinha apitado o intervalo e o juiz já era criticado pelo presidente Marco Chedid, no túnel do Pacaembu. Conhecido por ser muito “chorão”, Chedid se dirigiu ao árbitro Leonardo Ferreira Lima, de 27 anos, que realmente abusou um pouco no uso dos cartões.

Mas a “pressão” funcionou, porque no segundo tempo os corintianos continuaram a ser punidos com amarelos, como Gilsinho e Vitor Júnior – que tinha entrado no lugar do apagado Ramon. Este foi expulso aos 26 minutos ao segurar Éder pela camisa. A partir daí os dois times ficaram com 10 jogadores em campo.

O técnico Tite avaliou bem a fraca atuação do seu time:

“Tivemos volume de jogo, mas finalizamos mal. Com um jogador a mais vamos abrir o Gilsinho de um lado e o Jorge Henrique de outro”, prometeu.

Pressão e gol
E a pressão inicial do time da capital deu certo e resultado rápido. Aos seis minutos aconteceu o empate. Ramirez recebeu a bola da intermediária e, sem marcação, adiantou até soltar o chute de longe. O goleiro Alê tentou ir de mão trocada, falhou no lance e não impediu o empate.

Depois disso, o técnico Marcelo Veiga abriu mão da opção de contra-ataque tirando Paulo Roberto e Romarinho para as entradas, respectivamente, de Guilherme, zagueiro, e de Diego Paulista, volante. A partir daí, o Bragantino só se defendeu e suportou bem até a expulsão de Vitor Junior, que equilibrou as ações em campo.

Tite ainda tentou tudo com a saída de Chicão para a entrada do atacante Elton. Mas sem ter homens de armação, como Danilo e Alex, só conseguiu fazer a ligação direta. Tanto que o goleiro Alê foi menos empenhado do que no primeiro tempo.

Próximos Jogos
Pela sexta rodada, os dois times vão atuar fora de casa. O Corinthians vai enfrentar o Mogi Mirim, quarta-feira, às 22 horas. Mais cedo, a partir das 17 horas, o Bragantino vai pegar o Ituano, no Estádio Novelli Junior, em Itu. O Braga não terá Diego Paulista e André Astorga que receberam o terceiro cartão amarelo.