COPINHA: Quem se deu melhor? Confira os grupos de Ponte e Guarani

Análise especial dos grupos de Ponte Preta e Guarani na Copinha 2026, com contexto do formato, sedes, datas e perfil dos adversários. Quem levou a melhor no sorteio?

IMG 6097
Guarani vai para Assis encarar dois estreantes; Ponte Preta tem viagem a Patrocínio Paulista com um tradicional pela frente. (Reprodução/GFC)

São Paulo, SP, 26 (AFI) – Os 32 grupos da edição de 2026 da Copa São Paulo de Futebol Júnior foram definidos na noite desta terça-feira (25), em evento realizado no Pacaembu. A Copinha chega ao seu 56º ano reunindo 128 clubes, que novamente disputarão a primeira fase em formato de grupos com quatro equipes cada, sempre em jogo único. Avançam ao mata-mata os dois melhores de cada chave. Nas fases eliminatórias, também em jogo único, empates levam a decisão diretamente para os pênaltis.

A competição será disputada entre os dias 2 e 25 de janeiro, com a final marcada para o aniversário da capital paulista, no Pacaembu. São permitidos atletas nascidos de 2005 a 2010, mantendo o perfil de transição do sub-20.

Neste ano, três cidades serão sedes pela primeira vez — Araçatuba, Cosmópolis e Patrocínio Paulista — e 23 clubes farão sua estreia na Copinha, reforçando o caráter democrático destacado pelos presidentes Reinaldo Carneiro Bastos (FPF) e Samir Xaud (CBF) durante o evento. Todas as 255 partidas terão transmissão multiplataforma.

GUARANI CAI EM GRUPO EQUILIBRADO, MAS COM DOIS ESTREANTES

O Guarani integra o Grupo 7, com sede em Assis, localizada a 419 km de Campinas. Campeão da Copinha em 1994, quando venceu o São Paulo, o Bugre chega para a disputa após fazer boa campanha no Paulista Sub-20, alcançando a semifinal antes de ser eliminado.

O time será comandado por Jairo Blumer, irmão do diretor Elano, e tem como destaques dois atletas de 2005 que vivem seu último ano de Copinha: Kewen e Léo Porfírio.

A chave do Bugre reúne características bem distintas:

  • Athletic-MG (MG) – Estreante na Copinha, o clube vive bom momento no profissional, tendo permanecido na Série B do Brasileiro. No Sub-20, conquistou o título do Interior ao vencer o Uberaba.
  • Naviraiense (MS) – Também estreante, o clube completou 20 anos em 2024 apesar de já ter conquistado o Campeonato Sul-Mato-Grossense nesta temporada.
  • Assisense (SP) – Dono da casa, tradicional participante das divisões menores de SP, hoje disputando a Segundona (Bezinha).

Para o Bugre, o grupo é equilibrado, mas com margem para assumir o protagonismo. Apesar do Athletic viver ascensão nacional, a presença de dois estreantes e de um mandante que atua na Bezinha coloca o Guarani como candidato natural à classificação.

PONTE PRETA ENFRENTA UM TRADICIONAL E DOIS ESTREANTES NO INTERIOR

A Ponte Preta, bicampeã da Copinha, está no Grupo 14, sediado em Patrocínio Paulista, cidade que estreia como sede e fica a 322 km de Campinas. A Macaca terá pela frente:

  • Meia-Noite (SP) – Clube estreante na Copinha.
  • Coritiba (PR) – O mais tradicional do grupo, constantemente presente e com histórico forte de base.
  • Esportiva Real (RR) – Também estreante na Copinha.

A exemplo dos outros grupos, a disputa será em jogo único, com os dois mais bem colocados avançando. Empates no mata-mata levam às penalidades. A Macaca, por tradição, costuma se adaptar bem a esse tipo de formato, mas encontrará um Coritiba competitivo, ainda que os outros dois adversários ainda sejam incógnitas por estarem em sua primeira participação no torneio.

QUEM SE DEU MELHOR NO SORTEIO?

A análise dos grupos mostra cenários diferentes para os campineiros.

O Guarani caiu em um grupo sem um adversário de grande histórico na Copinha. Embora o Athletic viva fase de crescimento e o Naviraiense chegue motivado pelo título estadual, ambos são estreantes — e estreante costuma sofrer com ritmo, logística e carga emocional. O Assisense, mandante, joga a Segundona e também não impõe grande peso técnico.

O Bugre parece ter encontrado um caminho mais acessível para avançar.

Já a Ponte Preta terá pela frente o Coritiba, um adversário tradicional na Copinha e com trabalho de base reconhecido há anos. Mesmo com dois estreantes completando o grupo, a presença do Coxa eleva o nível da chave e tende a exigir mais regularidade da Macaca desde o início da competição.

A Ponte cai em um grupo mais exigente tecnicamente.

Confira também: