Conselho Fiscal reprova contas e pede impedimento do presidente da AEA

Gestão de Rodrigo Francisco da Silva é alvo de acusações de improbidade, nepotismo e má administração; processo pode resultar em afastamento definitivo.

Parecer aponta irregularidades graves, como suspeita de improbidade administrativa, nepotismo e danos à imagem da entidade esportiva.

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Conselho Fiscal da Associação Esportiva Araçatuba reprova contas de 2024 e abre caminho para o impedimento do presidente Rodrigo Francisco da Silva. (Reprodução/AEA)

Araçatuba, SP, 24 (AFI) – O Conselho Fiscal da Associação Esportiva Araçatuba (AEA) reprovou, por unanimidade, as contas da gestão do presidente Rodrigo Francisco da Silva, referentes ao exercício de 2024. A decisão, oficializada em nota pública, cita irregularidades graves e pode resultar no afastamento definitivo do dirigente.

De acordo com o parecer, a administração de Rodrigo Francisco descumpriu normas do estatuto social da entidade, omitindo a entrega dos balancetes trimestrais e do balanço anual auditado. O documento classifica a conduta como “gestão temerária dos recursos da associação”, com potencial de colocar em risco o patrimônio e a credibilidade da AEA.

IRREGULARIDADES E ACUSAÇÕES

O relatório do Conselho Fiscal aponta uma série de infrações que sustentam a decisão. Entre os principais pontos, estão suspeitas de improbidade administrativa, nepotismo e uso indevido de recursos da associação.

O órgão identificou movimentações financeiras do clube realizadas em contas bancárias pessoais do presidente e de familiares, além de despesas sem comprovação e uso de bens da AEA para fins particulares.

Outro ponto destacado foi a contratação de parentes de Rodrigo Francisco da Silva para cargos remunerados, contrariando princípios básicos de impessoalidade e isonomia.

O parecer também denuncia dívidas expressivas contraídas pela atual gestão, incluindo pendências trabalhistas e cíveis com atletas, colaboradores e fornecedores, o que teria causado danos à imagem da associação e de seus patrocinadores.

A situação se agravou após o presidente não comparecer à Assembleia Geral Extraordinária de 22 de setembro de 2025 — prazo final para apresentação das contas — e, segundo relato do conselho, intimidar um dos membros fiscalizadores.

PRÓXIMOS PASSOS: PROCESSO DE IMPEDIMENTO

Com a reprovação das contas, o Conselho Fiscal notificou o Conselho Deliberativo, presidido por Márcio Romano, que agora deve deliberar sobre a abertura formal do processo de impedimento de Rodrigo Francisco da Silva.

Caso a denúncia seja acatada, será convocada uma assembleia para votação, podendo resultar no afastamento definitivo do atual mandatário e no encaminhamento das denúncias às esferas administrativa, civil e criminal.

Enquanto o processo tramita, Rodrigo Francisco permanece no cargo. A expectativa é que o Conselho Deliberativo atue com celeridade para restabelecer a transparência e a estabilidade institucional da AEA, minimizando os impactos financeiros e de reputação sobre o clube.