Conselho aprova SAF do Atlético-MG e venda de 75% para investidores

Grupo promete quitação de dívidas da associação e aporte inicial de R$ 600 mil em outubro deste ano

O modelo da Sociedade Anônima de Futebol do Galo e a negociação com os empresários foram confirmados após reunião do Conselho Deliberativo

Conselho aprova SAF do Atlético-MG e venda de 75% para investidores (Foto: Divulgação/Atlético-MG)
Conselho aprova SAF do Atlético-MG e venda de 75% para investidores (Foto: Divulgação/Atlético-MG)

Belo Horizonte, MG, 20 (AFI) – O Atlético-MG agora faz parte dos clubes brasileiros que são SAF. O modelo e a venda de 75% da Sociedade Anônima de Futebol do Galo foram aprovados pelo Conselho Deliberativo do clube, nesta quinta-feira (20). O número de votos necessários – 273 – foi atingido às 18h20.

A venda de 75% da SAF do Atlético-MG será feita para o “Galo Holding”, grupo liderado por Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. Os outros 25% seguem sob o comando da associação. A negociação foi confirmada três minutos após a aprovação inicial.

Conselho aprova SAF do Atlético-MG e venda de 75% para investidores (Foto: Divulgação/Atlético-MG)
Conselho aprova SAF do Atlético-MG e venda de 75% para investidores (Foto: Divulgação/Atlético-MG)

Os investidores que confirmaram o acordo com a SAF do Atlético-MG são conhecidos da torcida. Eles já fazem parte da administração do clube. Neste primeiro momento, o grupo prometeu um aporte de R$ 600 milhões, além da amortização de 100% dos empréstimos realizados pela família Menin e Ricardo Guimarães, valor que corresponde a R$ 313 milhões.

No acordo também está previsto o repasse da dívida total do Atlético-MG, avaliada em R$ 1,8 bilhão para a SAF quitar. O grupo de empresários também colocou o Centro de Treinamento e a Arena MRV no negócio.

ATLÉTICO-MG CONFIRMA VENDA DA SAF

Com a proposta confirmada, o Atlético passará pela confecção da documentação e aprovação dos órgãos regulatórios. O aporte financeiro prometido será realizado em outubro, segundo previsão da diretoria executiva.

“Modelo sem previsão de recuperação judicial ou acordo de credores. Parte significativa do aporte de R$ 600 milhões será utilizada para pagar dívidas onerosas. O capital permitirá que sejam feitas negociações com credores, para tentar diminuir no valor das dívidas”, afirma trecho do documento enviado para membros do conselho.

Os atuais dirigentes consideraram a SAF como a única saída pelo momento financeiro que vive o Atlético-MG. Na visão dos cartolas, o clube não teria como pagar uma dívida avaliada em R$ 1,8 bilhões.

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