Conheça Grealish, jogador supersticioso do City que provocou atletas do Flu no Mundial
Grealish, que surgiu no Aston Villa, carrega superstições para dentro de campo
Campinas, SP, 23 – Jack Grealish é como um David Beckham da sua geração. Aos 28 anos e com fama de marrento, o inglês comemorou o quinto troféu do Manchester City no ano, depois da vitória por 4 a 0 contra o Fluminense no Mundial de Clubes. Grealish, que surgiu no Aston Villa, carrega superstições para dentro de campo e foi apontado como pivô da confusão na final contra o time de Fernando Diniz.
O ponta chegou ao City em agosto de 2021. Na época, foi a contratação mais cara do futebol inglês e custou 117 milhões de euros (R$ 630 milhões, atualmente) aos cofres do clube. Entretanto, o começo foi decepcionante. Jogou pouco no time de Pep Guardiola e, quando entrou, em 35 partidas, foram apenas cinco gols e três assistências. Mesmo com desempenho ruim, fora de campo, ele faturava. Em 2022, Grealish fechou contrato milionário com a Gucci, marca italiana de luxo.
O jogo virou a partir da temporada 2022/23. Com mais tempo em campo, o inglês passou a ser peça importante no esquema do City. “Agora é o Jack que pensávamos. Os fãs do Aston Villa conhecem esse Jack. Agora ele tem mais minutos. A forma como se comportou no início quando não estava jogando foi excepcional”, elogiou Pep Guardiola, em abril deste ano.
Na temporada, foram 50 jogos, cinco gols e 12 assistências. As participações em gols subiram de 0,22 por jogo para 0,34. “A forma como ele nos dá o ritmo para jogar e fazer passes extras. Não poderia imaginar, com o grande nome que ele é e o preço que o clube pagou para tê-lo, essa humildade de correr como um adolescente”, avaliou Guardiola ao fim da temporada.
PANTURRILHA GRANDE E SUPERSTIÇÃO DO MEIÃO
O ponta fez parte do elenco vice-campeão da Eurocopa 2020 e esteve com a Inglaterra na Copa do Mundo do Catar 2022. O que chamou a atenção nas redes foi o tamanho das panturrilhas, maiores que os demais atletas em campo. Os meiões, no caso de Grealish, ficam abaixados, quase no tornozelo, com caneleiras pequenas.
O motivo, porém, não é a forte musculatura. Ao jornal inglês Birmingham Mail, ele já revelou que o motivo é a sorte.
“Normalmente as meias devem estar acima das panturrilhas, mas teve um ano em que as minhas meias encolheram na máquina de lavar e não as consegui subir tanto quanto o normal. Nessa época eu joguei muito bem e isso se tornou uma superstição para mim” explicou. Segundo ele, isso aconteceu quando ainda jogava pelo sub-18, aos 15 anos.
A busca pela sorte não parou por aí. Em 2019, quando ainda jogava pelo Aston Villa, Grealish disputou o jogo mais importante da temporada com chuteiras surradas. Era o playoff da Championship, partida que dá acesso à elite do futebol inglês. Os calçados do ponta tinham parte do couro rasgado, quase expondo os dedos dos pés.
Para a Sky Sports, na época, ele atribuiu às chuteiras a um bom retorno de uma lesão. “Voltei de uma lesão e usava estas. Elas eram novinhas, e aí eu fiz alguns gols e dei umas assistências. Achei que eram minhas chuteiras da sorte e tive que ficar com elas”, lembra.
JOGADOR NEGA TER DITO ‘OLÉ’ E COMEÇADO BRIGA
Conforme Felipe Melo e Jhon Arias, foi Grealish quem começou as provoações aos jogadores do time brasileiro no final da partida entre Fluminense e Manchester City. O camisa 30 da equipe carioca reclamou de o inglês ter ido para cima de Martinelli. Depois, Arias deu entrevista dizendo que o camisa 10 falava “olé” para os adversários.
A fala repercutiu e chegou no jogador. No X, antigo Twitter, ele respondeu. “Eu não disse ‘olé’ uma vez sequer”, postou. Depois do jogo, Grealish não deu entrevistas e saiu “escoltado” por Bernardo Silva e Halaand, em tom de brincadeira. No Instagram, ele apenas postou uma foto com o troféu do Mundial de Clubes e celebrou os cinco títulos vencidos pelo City em 2023 (Campeonato Inglês, Champions League, Copa da Inglaterra, Supercopa da UEFA e Mundial).