São Paulo, SP, 03 (AFI) – No dia 4 de maio se iniciará o Campeonato Paulista Sub-20. Na edição deste ano, o número de equipes participantes aumentou. Em 2021, 54 equipes disputaram a competição e na edição deste ano serão 70 competidores. Desses, 17 são clubes-empresa, nove a mais que ano passado, isso representa cerca de 23% da competição.

Os competidores foram separados em 12 grupos, dois com cinco times e dez com seis. Assim, os dois melhores de cada grupo e os oito melhores terceiro colocados avançam de fase. A final do campeonato está prevista para acontecer no dia 9 de novembro.

Na última edição, o Palmeiras conquistou o troféu vencendo o Mirassol pelo placar agregado de 3 a 0. Este foi o quinto título consecutivo do alviverde, que estabeleceu um recorde sendo o primeiro time a conquistar cinco vezes seguidas o Paulista.

Nessa edição, porém, o hexa pode vir a não se realizar. Na base, os clubes da capital e do interior estão mais nivelados e resultados que no profissional seriam “surpreendentes”, nas categorias de formação são considerados mais normais. Um exemplo disso é o Mirassol, que foi finalista da edição passada e na Copa São Paulo de Futebol Júnior chegou nas quartas de final, deixando gigantes como Atlético-MG e Bahia pelo caminho.

EM BUSCA DO TRI

O Leão está no Grupo 1 e irá enfrentar o rival Novorizontino na fase de grupos. O Tigre, que é bicampeão do Paulista, vai em busca do terceiro troféu da competição, o último título do time de Novo Horizonte foi em 1994. Para a competição, as expectativas de Marildo Ferreira de Campos, coordenador de base do Novorizontino, são as melhores possíveis:

“O Novorizontino sempre teve boas equipes nesta categoria e fez bons campeonatos. Dado a essa tradição do clube que é fundamentada pelo alto investimento, penso que esse ano de 2022 não fuja tanto do planejado. Embora tivemos que remontar a equipe por conta de um ano sem atividade, porque em 2021 não participamos por conta da pandemia, estamos com boas expectativas, principalmente para a primeira fase da competição.”, afirmou o coordenador.

Percebendo o aumento de clubes-empresa, Marildo comentou sobre o aumento desse tipo de gestão no âmbito das categorias de base: “O futebol antes de uma paixão é um negócio, e por sua natureza ele precisa ser economicamente viável”, contou o cartola do Novorizontino que, apesar de não ser um clube-empresa, encontra na base um dos seus maiores focos de investimentos e retornos financeiros.

COME-FOGO NO MESMO GRUPO

No grupo seguinte, outro clássico que será protagonizado é Botafogo-SP contra o Comercial. Os adversários da mesma cidade serão os protagonistas do primeiro grande clássico da competição.

O Botinha se tornou SAF em 2018, desde então passa por diversos processos de modernização. Dentre esses projetos, a base é um grande enfoque para o crescimento do clube. Lar de craques da história brasileira como Sócrates e Zé Mário, a Pantera é tricampeã do Paulista Sub-20 e atualmente conta com 14 atletas que vieram da base no elenco profissional. Para a competição que se inicia no dia 4, Luciano Santos, treinador do Sub-20 do Botafogo, disse:

“É um recomeço, uma retomada após os dois anos de pandemia. O nosso objetivo é melhorar o desempenho dos nossos atletas, competir em bom nível e, assim, melhorar o nosso processo de formação, sem deixar de lado o que é mais importante: a competitividade. Buscar atletas com projeção, atletas vencedores e que tenham projeção para ingressar no profissional, o que é de extrema importância para todos nós”, contou o treinador tricolor.

Gestor do clube de Ribeirão Preto, Adalberto Baptista, ressalta a importância que os jovens valores das categorias de base têm para o Botafogo como um todo e analisa a participação do Botinha no Paulista Sub-20. “É uma disputa de alto nível, onde podemos dar aos nossos atletas um forte ritmo de competição. Trabalhamos sempre de olho nas categorias de base, a fim de revelar atletas que possam servir e qualificar o elenco profissional”, comenta.

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