Cobra-se da Ponte Preta apenas aquilo que pode oferecer

Vasco só fez o suficiente para vencer a Macaca em São Januário

Reflexo do atual estágio do time é projeção correta de vencer times do pelotão de baixo da Série B

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Andrey comemora o 1º gol do Vasco (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

O Vasco fez o suficiente para vencer a Ponte Preta por 2 a 0, na tarde deste domingo no Rio de Janeiro, em gols que tiveram contribuição de jogadores pontepretanos.

Afora isso, o goleiro Ivan praticou duas defesas com grau de dificuldade, enquanto o goleiro Vanderlei, do time vascaíno, trabalhou basicamente em dois chutes fortes de longa distância, através do atacante Moisés e volante André Luiz.


Logo, sobre jogadas trabalhadas coletivamente e oportunidades reais de gols, isso a Ponte Preta não teve.

Na maioria das vezes a bola foi alçada à área adversária, e geralmente devolvida pelo zagueiro Leandro Castán.


Portanto, fica a impressão ao desavisado de que o fato de o time pontepretano ter reduzido substancialmente erros de passes, de a defesa ter trocado abusivos chutões por saída de trás com toques de bola, levada às proximidades da área adversária, que a equipe teria mudado de cara.


Reflexo do atual estágio da equipe é projeção concreta de vencer equipes do pelotão de baixo e assim não correr risco de rebaixamento nesta Série B do Campeonato Brasileiro.


Já diante de competidores do pelotão de cima, como o Vasco, aí vai persistir a interrogação sobre soma de pontos, exceto se os recém-contratados fizerem a diferença.


Além das mencionadas finalizações de Moisés aos seis e André Luiz aos 37 minutos do primeiro tempo, há registro para incursão do volante Marcos Júnior, nas costas do zagueiro Leandro Castán, mas o chute foi pra fora.


Longe de ser brilhante, o Vasco foi mais contundente naquele período, quando Léo Jabá, já dentro da área, exigiu puro reflexo de Ivan para a defesa, o que se repetiu em arremate do atacante Gabriel Pec, logo aos três minutos do segundo tempo.

Afora isso, outros lances agudos ficaram por conta dos gols do Vasco.


ANDREY

Creditam o primeiro gol do Vasco a um erro em saída de bola do lateral-direito Felipe Albuquerque, aos 18 minutos do primeiro tempo, mas tem-se que acrescentar, necessariamente, falhas de outros defensores pontepretanos no desdobramento da jogada.


Em cruzamento do meia Marquinhos Gabriel, pela esquerda, a cabeçada fulminante do meio-campista Andrey só foi possível porque ficou livre na área, o que mostra erro de posicionamento da dupla de zaga formada por Thiago Lopes e Cleylton.


Todavia, acrescente também o lateral-esquerdo Rafael Santos, que se desgrudou da marcação do vascaíno a procura sabe-se lá de quem pra marcar.


CLEYTON

No segundo tempo, o treinador vascaíno Lisca trocou o posicionamento do meia Marquinhos da esquerda para a direita, e por ali o seu time passou a desenvolver as principais jogadas ofensivas, até que aos 19 minutos o seu time chegou ao segundo gol, que por sinal tem que ser atribuído à fatalidade do futebol.

Na tentativa de interceptar com a cabeça o chute forte do volante Caio Lopes, o zagueiro Claylton deslocou o goleiro Ivan que seguia em direção da bola.


COZINHAR O GALO

Depois disso, o Vasco tratou de ‘cozinhar o galo’, como se diz na gíria do futebol.


Passou a tocar a bola a espera de o tempo escoar, e contou com as entradas de jogadores para oxigenar o meio de campo, como Galarza e Figueiredo.

Ainda no Vasco, injustificável a permanência em campo do ‘poste’ Germán Cano até os 41 minutos do segundo tempo, pois até então registro apenas para finalização em que foi travado por Thiago Lopes.


KEVIN

Na Ponte Preta, das trocas procedidas pelo treinador Gilson Kleina, apenas ganho de objetividade ofensiva com Kevin no lugar de Felipe Albuquerque.


Treinador demorou para sacar Fessim, Niltinho e Rodrigão, totalmente absorvidos pela marcação, e questiona-se o que o time teria a ganhar com Locatelli no lugar de Marcos Júnior?


Inválida, também, a insistente tentativa do atacante Moisés em buscar a bola na altura do meio de campo, quando o recomendável é que seja acionado mais próximo da área adversária, para complemento de jogada.

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