Clubes insatisfeitos têm exigências para a criação da Libra

A contraproposta pede uma divisão mais equilibrada das receitas, baseada em critérios mais objetivos. Reunião vai acontecer dia 12 de maio no Rio de Janeiro

Estatuto que prevê divisão igualitária de 40% das receitas, 30% por desempenho e 30% por critérios de audiência, que incluem pay-per-view

Corinthians Boca Juniors 2 1
Corinthians (foto) e Flamengo são os maiores em audiência

São Paulo, SP, 7 – Libra em discussão. Clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro se reuniram nesta sexta-feira para traçar exigências para a assinatura da criação da Liga Brasileira de futebol, batizada como Libra. A contraproposta pede uma divisão mais equilibrada das receitas, baseada em critérios mais objetivos.

Originalmente, Palmeiras, Corinthians, Flamengo, São Paulo, Santos, Red Bull Bragantino, Cruzeiro e Ponte Preta assinaram um estatuto que prevê divisão igualitária de 40% das receitas, 30% por desempenho e 30% por critérios de audiência, que incluem assinaturas de pay-per-view e interação em redes sociais, tópicos identificados pelo grupo “Forte Futebol” como de difícil aferição.

“Entre os assuntos debatidos, o mais relevante foi a divisão de receitas de forma que contribua de fato para o aprimoramento da competição, tornando menos desiguais as condições de competitividade atuais. Os termos aceitos em São Paulo por outros 6 clubes perpetuam o abismo que existe hoje, ao manterem a parte igualitária das receitas em 40%, enquanto nos campeonatos mais bem-sucedidos este porcentual pode chegar a 68% somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing, caso da Premier League (liga do Campeonato Inglês), por exemplo”, diz o comunicado do grupo.

DIFERENÇA GRANDE

“Não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes”, completou o grupo, nas redes sociais dos clubes, que reforçaram a necessidade de instituir critérios técnicos mais confiáveis para determinar a divisão das receitas oriundas da audiência”.

Eles pediram maior objetividade na avaliação dos critérios de redes sociais na divisão dos recursos.

“Outro ponto a ser aprimorado é a adoção de premissas que não privilegiem pilares de difícil aferição, em especial ao que tange a engajamento. Tais critérios, na visão da maioria dos clubes que participaram da reunião, apenas perpetuam a posição de superioridade de alguns sobre outros, não dando a oportunidade de maior equilíbrio dos campeonatos.”

REUNIÃO COM 40 CLUBES
No dia 12, todos os clubes das Séries A e B voltarão a se encontrar na sede da CBF, no Rio de Janeiro, para concretizar a criação da Libra. Até agora, somente oito clubes assinaram o documento. Os demais 32 clubes, entre eles Athletico-PR, Cuiabá, Fluminense e Atlético Goianiense, prometem insistir em um repartição de receitas mais igualitária e instituir um limite de diferença entre quem ganha mais e quem ganha menos.

Uma parte desses clubes entende que uma divisão igualitária de 50% das receitas seria o ideal para não permitir que haja distâncias maiores entre os times.

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