Ciumeira entre atuais e ex-cartolas do mesmo clube campineiro vem de longe

Blog do Ari traz história dos bastidores do dérbi campineiro de antigamente.

Ponte e Guarani se enfrentam no próximo sábado, em dérbi que será realizado no Majestoso.

Lauro Moraes PontePreta 2022
Lauro Moraes (à esquerda) na posse de Eberlin, atual presidente da Ponte Preta.

O link do áudio Memórias do Futebol foi atualizado e no espaço foi recontada a história do goleiro Félix, tricampeão mundial pela Seleção Brasileira em 1970, morto há dez anos.

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DÉRBI DOS CARTOLAS

Sobre as últimas contratações feitas por Ponte Preta e Guarani, antes do término da janela, o espaço está escancarado para o internauta opinar.

Igualmente fiquem à vontade para se expressar sobre preparações das equipes e as habituais catimbas de ambos os lados em semana de dérbi.

Outrora havia ciumeira terrível entre membros de diretoria de situação e oposição de cada clube de Campinas.

Quando deixou a presidência da Ponte Preta, no início dos anos 80, Lauro Moraes e o seu saudoso sucessor Édson Ággio não liam a mesma cartilha.

Lauro Moraes PontePreta 2022
Lauro Moraes (à esquerda) na posse de Eberlin, atual presidente da Ponte Preta.

Cabe, então, contar uma história em que fui partícipe.

Em 1981, como repórter esportivo, integrei a equipe da Rádio Central-Campinas desde a sua implantação, no ano anterior, que tinha como acionista majoritário Lauro Moraes.

Paralelamente eu também trabalhava no extinto jornal Diário do Povo, igualmente da cidade.

Aquela editoria do jornal, sempre pautada por criatividade, elaborou o chamado ‘dérbi dos cartolas’, em que os vice-presidentes de cada clube participariam de cobranças de pênaltis, três para cada lado, em que ambos tanto cobrariam como defenderiam, antes do início de um dérbi no Estádio Brinco de Ouro, num sábado à tarde do dia primeiro de agosto de 1981.

ARMANDO MENDONÇA E ZEZO

O cartola escalado pela Ponte Preta foi o saudoso vice Armando Mendonça, que disputaria com o vice bugrino José Vitorino dos Santos, o Zezo.

Na antevéspera daquele jogo, Lauro Moraes afixou comunicado no quadro de aviso da emissora proibindo terminantemente a divulgação do evento ‘dérbi dos cartolas’.

Ao ser escalado pela Rádio Central para trabalhar naquele jogo, descumpri a ordem patronal e registrei o fato antes da cobrança e citação do resultado de empate por 1 a 1 ao término, pois um fato público, visto por 22.782 pessoas presentes no estádio, não poderia ser ignorado.

Fim de jogo dirigido por José Assis Aragão e empate também por 1 a 1, que tal recordar as equipes da época.

Eis o Guarani: Birigüi, Chiquinho, Mauro, Edson e Almeida; Júlio César (Marcelo), Éderson (Tadeu) e Jorge Mendonça; Lúcio, Careca e Ângelo. Técnico: José Duarte.

Ponte Preta: Carlos, Toninho Oliveira, Juninho, Nenê e Odirlei; Zé Mário, Humberto e Dicá; Osvaldo, Chicão (Jorge Campos) e Abel (Serginho). Técnico: Jair Picerni.

Segunda-feira, de volta à emissora, fui barrado na portaria, com alegação que estava demitido, justificada por insubordinação.

Posteriormente, trabalhando em outro prefixo radiofônico de Campinas, meu relacionamento profissional com Lauro Moraes, já de volta à presidência da Ponte Preta, foi o mais natural possível.

Hoje, com reflexão de fato ocorrido há mais de 40 anos, a constatação é que a ciumeira entre atuais e ex-cartolas da mesma agremiação continua a mesma. 

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