Fortaleza, CE, 15 (AFI) – Ceará e Sport serão julgados no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta sexta-feira (16), às 11h30, devido à confusão ocorrida no setor sul da arquibancada do Castelão durante a partida de ida da final da Copa do Nordeste de 2023.

Os dois clubes foram denunciados no artigo 213, inciso I, e terão que responder por desordem na praça de desporto. A punição prevista é uma multa no valor entre R$ 100 e R$ 100 mil. No entanto, se a gravidade dos atos for considerada de elevado grau ou causar prejuízo ao andamento da partida, poderá ser aplicada a perda de mando de campo de uma a dez partidas.

CONFUSÃO

A confusão teve início logo após o gol contra marcado por David Ricardo, do Ceará, no jogo em que o Vozão venceu por 2 a 1. O árbitro Caio Max Augusto Vieira relatou na súmula a ocorrência do tumulto, mas não pôde determinar quem deu início à confusão.

O Sport também foi denunciado pelo mesmo artigo, uma vez que a torcida visitante contribuiu para a ocorrência do incidente.

Na súmula do árbitro de Ceará e Sport, consta o seguinte relato: “Informo que no último minuto da partida, durante o processo de checagem do VAR, logo após o gol marcado pela equipe do Sport, foi percebido um confronto nas arquibancadas, através de arremessos de cadeiras, entre a torcida do Sport, que se encontrava no anel superior, e a torcida do Ceará, que se encontrava no anel inferior, ambas no setor sul da Arena Castelão. Após a chegada do policiamento, na tentativa de conter a situação, foram disparados tiros de borracha em direção ao tumulto, e consequentemente houve a contenção do confronto. Em seguida, finalizei a partida após o tempo já ter sido exaurido. Informo ainda que não foi possível identificar qual das torcidas deu início ao ocorrido.”

SEGUNDO JULGAMENTO DO ANO

Vale ressaltar que o Sport já foi punido pelo STJD no início deste ano devido à invasão de uma torcida organizada ao gramado da Ilha do Retiro durante a partida contra o Vasco, pela Série B do ano anterior. Na ocasião, o clube pernambucano foi multado em R$ 150 mil e teve que realizar três jogos com portões fechados, sendo um deles contra o Operário-PR, pela Série B do ano anterior, além de outros três jogos com a presença exclusiva de mulheres, crianças até 12 anos e pessoas com deficiência.

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