Ponte Preta convida casal de indígenas para assistir o Amazonas no Moisés Lucarelli pela Série B

O casal faz um trabalho com os povos indígenas na cidade de Campinas

O casal foi convidado pela Ponte Preta para assistir a partida entre o time de Campinas e o Amazonas, que aconteceu nesta segunda-feira

Moisés Lucarelli
Casal indígena na torcida do Amazonas (Foto: Pedro Lino)

Campinas, SP , 07 (AFI) – Em meio aos torcedores que estavam no estádio Moisés Lucarelli para a partida entre Ponte Preta e Amazonas, um casal se destacava por seus brincos e pinturas corporais. Eram indígenas da etnia Pataxó Camacã, na Bahia e também da tribo Guarani Mimbiá.

O repórter Pedro Lino entrevistou Avime Ibareté e sua esposa Luar Ami Mirim estão em Campinas, com uma ONG chamada Etnocidade, que é um ponto de cultura. O casal faz um trabalho com os povos indígenas na cidade de Campinas

O casal foi convidado pela Ponte Preta para assistir a partida entre o time de Campinas e o Amazonas, que aconteceu nesta segunda-feira (6). É a primeira vez que o time de Manaus disputa a Série B. Mas o resultado não foi o que eles esperavam, já que a Macaca ganhou a partida por 3 a 0.

“Olha, a gente foi convidado logo cedo pela Ponte Preta, né, a gente vê muito, assim, que é bem diferente o nosso entendimento do que é competição, do que é jogo, diferente daqui do contexto urbano. Então, assim, a gente tá aqui, é lógico, dá uma sofrida, né, porque eles deveriam ter um desempenho melhor, mas a gente acredita, pode ser que no segundo tempo vire, né, então tô gostando bastante.”

“É, tô gostando. Mas só que assim, é só um recado pro técnico, ele tem que mexer mais no time, tá? Acho que o time tem que ficar mais solto porque ele está muito preso, né? Eu acho que tem que conversar com os jogadores pra ele ter um pouco mais de visão de jogo. Só falta isso pra eles, chegar ao gol.”

Luar também falou sobre seu trabalho na ONG, e contou um pouco sobre a sua rotina.

“Eu sou Luar Ami Mirim, Guaraní MBA, sou do povo Guaraní MBA, minha aldeia fica no litoral do estado de São Paulo, mas nós temos Guaraní no Amazonas, e o Guaraní MBA é um povo que traz a descendência, na verdade, mais forte do povo Guaraní Andeva, Caiová, Tupi Guaraní e pra cá. Então, hoje a gente mora aqui em Campinas, mas devido à nossa organização da sociedade civil etnocidade, que é o que acolhe, apoia e ajuda o indígena que venha ao contexto urbano o que está no contexto urbano.”

PRÓXIMOS JOGOS

Os dois times voltam a campo no sábado, 17h. A Ponte tem pela frente o Operário-PR, em Ponta Grossa, enquanto o Amazonas recebe o líder Santos, com 100% de aproveitamento até aqui.

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