Cartolas aprendizes de futebol queriam que Vadão tirasse leite de pedra no Guarani
Se a proposta era montagem de manutenção na Série B, o objetivo é alcançado
Cartolas aprendizes de futebol queriam que Vadão tirasse leite de pedra no Guarani
O boa noite desta terça-feira vai para os senhores cartolas do Guarani.
Obrigatoriamente roubo bordão do saudoso amigo José Bertazoli, o Zé do Pito, o vou logo dizendo que os senhores conhecem bola porque comeram almôndega quando eram crianças.
No futebol os senhores apenas observam a bola correndo de um lado para o outro sem o mínimo discernimento daquilo que acontece taticamente.
Provavelmente o máximo que conseguem detectar é o cabeça-de-bagre do jogador acima da média, por motivos óbvios.

Logo, alguém cutucou na cabeça desses ingênuos na bola que o Guarani teria que mandar embora o treinador Oswaldo Alvarez, o Vadão, pra sonhar com acesso. E na santa ingenuidade acreditaram.
Só posso acreditar que foram induzidos por algum empresário ligado ao clube ou liderança no próprio elenco que era motivo para troca de comando.
Não fosse isso, pressupõe-se que seriam realistas pra imaginar que esse elenco o Guarani já ultrapassou a expectativa de campeonato de manutenção, conforme prometido publicamente pelo presidente Palmeron Mendes Filhos antes da trajetória.
A rigor, Palmeron não teve pulso pra dar murro na mesa e bancar Vadão. Faltou pulso pra dar uma banana aos seus pares de diretoria.
Só pra lembrar, o ex-presidente Horley Senna chamava a responsabilidade para atos complicados, e assumia a decisão unilateralmente.
E fez muito bem, embora também esteja engatinhando neste misterioso mundo da bola.
TEIMOSIA DE VADÃO
Não dá pra ignorar que os números na Série B não são favoráveis a Vadão – principalmente pelo últimos resultados. Será que os dirigentes pesaram na balança que, não fosse Vadão, nem esses números seriam alcançados?
Consideraram que pela escassez de dinheiro o Guarani teve que trazer jogadores sem ritmo e, obviamente, sujeitos a lesões, como ocorreram?
Não pararam pra pensar que vários dos jogadores contratados pelo clube só toparam a empreitada porque acreditavam no Vadão, e não nos senhores?
Não sou puxa-saco de Vadão para inocentá-lo de teimosias com jogadores que claramente mostraram ineficiência como Claudinho e Gílton, por exemplo.
Todavia, o leque de opções apreciáveis no clube é tão escasso que a troca de um por outro não provocaria diferença fundamental.
De mais a mais, aquela sequência de vitórias do Guarani no primeiro turno da competição deixou o torcedor mal-acostumado, e com doce ilusão de acesso. Na prática sabia-se que o time vencia na base da superação e com certa dosagem de sorte.
Já que os cartolas estão famintos por acesso, quem garante que se isso acontecer o Guarani terá estrutura para se sustentar na Série A?
Um ano a mais, um a menos na Séria B não mata ninguém para quem já ‘camelou’ na Série C.
RESTRUTURAÇÃO
Vadão era o profissional ideal no processo de restruturação do Guarani para 2018, a começar por remodelação do elenco visando o Campeonato Paulista da Série A2.
Aí, com possibilidade de acesso e base sólida, poderia se fazer um planejamento adequado de acesso à elite nacional.
Clube que passa por processo de reestruturação, como o Guarani, tem que aprender a cumprir etapas com solidez.
No momento que retomar ao topo da pirâmide, o Guarani precisa estar preparado para evitar tombos tão dolorosos como registrados nestas duas últimas décadas.
Oxalá esses aprendizes de cartolas de futebol tenham sucesso na empreitada de mudança na comissão técnica.
Quando ao treinador Marcelo Cabo, como sucessor de Vadão, confesso não ter acompanhado o trabalho de sucesso no Atlético Goianiense e fracasso no Figueirense. Permitam-me um tempo mínimo para avaliá-lo.






































































































































