Campeão com o XV em 2022, Juninho analisa dilema na decisão da Copa Paulista
Ex-supervisor do XV, Juninho Amstalden comenta a decisão que Primavera e Nhô Quim terão que tomar após a final da Copa Paulista 2025: Série D ou Copa do Brasil.
Piracicaba, SP, 01 (AFI) – A final da Copa Paulista 2025 coloca frente a frente Primavera e XV de Piracicaba, mas o desafio dos clubes não se limita apenas à disputa pelo troféu. O campeão terá que decidir entre disputar a Copa do Brasil ou a Série D do Brasileiro em 2026, um dilema que já foi vivido por Juninho Amstalden, supervisor de futebol da Ferroviária e ex-dirigente do Nhô Quim na conquista de 2022.
SÉRIE D: PROJETO A LONGO PRAZO
Juninho destacou que a escolha deve levar em consideração a realidade de cada clube. Para ele, a Copa do Brasil garante retorno financeiro imediato, mas a Série D representa um horizonte mais ambicioso.
“A Série D é muito mais chamativa. Ela te dá um trabalho a longo prazo, você consegue pensar e planejar a longo prazo. Mas talvez seja o acesso mais difícil das quatro divisões nacionais, pela quantidade de clubes, pela disputa e pela logística envolvida”, analisou.
CONTEXTO MUDA A DECISÃO
Segundo Juninho, o ponto central está no contexto em que cada finalista se encontra.
“O grande problema de escolher a Série D estando numa Série A2 é que ou você sobe, ou você não tem mais. Diferente do Primavera, por exemplo, que está na Série A1 agora. Se o Primavera somente não cair no ano que vem, já consegue a vaga na Série D do outro ano. Isso muda completamente a forma de planejar”, pontuou.
Ele também lembrou as dificuldades enfrentadas pelos clubes do interior em temporadas longas.
“Os clubes da Série A2 financeiramente às vezes não estão nas suas melhores condições para se planejar o ano todo. A Série D termina em setembro, outubro, então é necessário fazer contratos mais longos, gastar mais e segurar um elenco competitivo”, explicou.
ENTRE RAZÃO E PAIXÃO
Para Juninho, o debate vai além da visão da diretoria, envolvendo também a expectativa da torcida.
“Muitas vezes, a realidade é contrária ao que a torcida quer. O torcedor sonha com a vitória, com o acesso, com o melhor para o clube. Mas a gestão precisa equilibrar razão e paixão. Boas gestões precisam de desafios, mas também de consciência e planejamento”, completou.
Com a decisão entre Primavera e XV de Piracicaba se aproximando, o dilema sobre Série D ou Copa do Brasil promete ser tão importante quanto o título em si, já que definirá os rumos do clube vencedor para a temporada 2026.






































































































































