Cadê a organização do Guarani que Daniel Paulista tanto alardeia?

Tão falada nas entrevistas, a organização está difícil de aparecer no Bugre

Time perdeu para o Vitória por 1 a 0

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Foto: Leticia Martins, especial para Guarani

Qualquer avaliação desta derrota do Guarani para o Vitória por 1 a 0, sem que se recorra à partida anterior no empate com o Botafogo (RJ) por 1 a 1, fica sem a devida objetividade.

Até minimizaram por aí o empate com o Botafogo, com justificativa de que é time de camisa, mas na prática ambos ficaram devendo melhor rendimento naquela ocasião.

Pois na tarde deste sábado, em Salvador, o Guarani conseguiu piorar aquilo que não havia sido bom na partida anterior, quando, na tentativa de valorização de seu trabalho, o seu treinador Daniel Paulista repetia, a todo instante que, ao longo desta Série B do Campeonato Brasileiro, o Guarani teria se mostrado um time organizado.

O que na prática não ocorreu quando ficou desfalcado dos meio-campistas Régis e Rodrigo Andrade.

Se diante do Botafogo faltou infiltração no ataque, pelo menos o time levou a bola ao fundo de campo para cruzamentos.

RECUADO

Já neste sábado, entrou em campo com proposta defensiva e intenção de se organizar em contra-ataques.

Como se organizar num meio de campo em que não se pode esperar criatividade de Índio e Tony, e persiste a oscilação do meia Andrigo?

Como puxar contra-ataques se, dos escalados mais à frente, apenas Júlio César tem relativa velocidade?

Com erro de concepção na montagem do time, o treinador Daniel Paulista, do Guarani, permitiu que o apenas esforçado Vitória ditasse as regras da partida ofensivamente, sem que isso lhe resultasse em reais oportunidades ao mandante, tanto que o gol, da garantia dos três pontos, foi olímpico.

GOLEIRO FALHOU

Sem demérito ao efeito que o meia Soares colocou na bola na cobrança de escanteio, convenhamos que falhou o goleiro Rafael Martins, aos 48 minutos do primeiro tempo.

Para não ser injusto sobre jogadas ofensivas criadas pelo Guarani, enumerei três, apenas no primeiro tempo.

Andrigo tropeçou nas próprias pernas e caiu, já dentro da área, ao receber passe açucarado do atacante Bruno Sávio.

Depois, quando Júlio César serviu Andrigo e o chute foi defendido pelo goleiro Lucas Arcanjo. E por fim, já desequilibrado, dentro da área, o chute do lateral-esquerdo Bidu foi fraco e facilitou a defesa.

PEDRO ACORSI

Precisava, Daniel Paulista, da postura corporativista ao dar camisa para Tony, sem que merecesse? Aí, após a constatação óbvia durante o primeiro tempo, procedeu a troca por Pedro Acorsi, no intervalo.

Depois, quando colocou o atacante Júnior Todinho no lugar de Júlio César, aos 22 minutos, deveria saber que o atleta está fora de forma, e nada acrescentaria.

Como foi uma tarde em que o treinador bugrino errou tanto quanto a equipe, demorou para colocar em campo o atacante Allan Victor e sacar Pablo, puxando Pedro Acorsi para a lateral-direita, no mesmo momento em que trocou Bidu por Eliel, sacando o lateral que ainda tentava levar a bola ao ataque.

Se faltou qualidade ao Vitória quando presenteado por erros de passes do Guarani, pelo menos no aspecto competitivo transpirou mais, teve mais volume de jogo, e até poderia ter ampliado a vantagens se Deivid não perdesse gol feito aos 47 minutos do segundo tempo.

No lance, a defesa do Guarani, desguarnecida, esperou por marcação de impedimento que não ocorreu e, ao conduzir a bola e ficar frente a frente com o goleiro Rafael Martins, Deivid permitiu que ele praticasse a defesa.

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