Turim, IT, 12 (AFI) – O zagueiro Bremer é o grande destaque da Juventus neste início de temporada do Campeonato Italiano. O time venceu o Parma por 2 a 0 e o Genoa por 1 a 0, mantendo a defesa invicta nas duas primeiras rodadas da competição. Aos 28 anos, o brasileiro revela que sua força mental foi fundamental para superar uma séria lesão e brilhar em campo, inspirando-se no lendário Kobe Bryant.

Durante a pandemia, Bremer sentiu que precisava buscar equilíbrio no futebol, já que oscilava entre grandes atuações e jogos abaixo do esperado. O defensor passou a estudar a mentalidade de atletas como Kobe Bryant e Michael Jordan, buscando exemplos para evoluir na carreira.

MOMENTO DE SUPERAÇÃO NA JUVENTUS

Segundo Bremer, o conceito da “Mamba Mentality” – filosofia de nunca se acomodar e buscar evolução constante – foi essencial no período em que ficou longe dos gramados. Ele contou que, durante os meses de paralisação, treinou em casa e trabalhou o lado psicológico, com o apoio de um coach, para fortalecer sua mentalidade.

O brasileiro explicou que estabeleceu metas semanais nos treinos e que o foco nos detalhes faz a diferença no rendimento. “O talento é importante para começar, mas depois vem a mentalidade: dormir bem, cuidar dos pequenos detalhes, aqueles que no longo prazo fazem a diferença. Esse foco me ajudou a não dar peso às distrações, aos comentários negativos dos torcedores, mas a me concentrar apenas no que posso controlar. Aos poucos aprendi a lidar com as dificuldades, a refletir sobre os erros e melhorar. A mentalidade é fundamental.”

RETORNO APÓS LESÃO E LIDERANÇA

Bremer ficou afastado dos gramados por mais de oito meses após romper o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em outubro de 2024. Seu retorno aconteceu em junho, na Copa de Clubes, marcando uma virada em sua trajetória. O camisa 3 relembra que foi um período delicado, precisando da ajuda da esposa até para tarefas básicas, mas aproveitou para evoluir ainda mais fora das quatro linhas.

O defensor enfatiza que, mesmo sem ser um capitão de fala forte, lidera pelo exemplo e pela postura. “Sinto-me um líder, mas não falo muito fora de campo. Ajudo com a minha presença e com exemplos de comportamento. Tenho experiência e procuro orientar os mais jovens. Além de mim, porém, também há Gatti, Locatelli e até Dusan. Somos uma equipe com fome de vitória, queremos chegar a grandes níveis. Tenho orgulho dessa conquista importantíssima, mas muda pouco: com ou sem a braçadeira temos que lutar por cada bola para vencer. A Juve pede isso e estamos no caminho certo.”