Campinas, SP, 24 (AFI) – Em seu segundo amistoso em 2007, o Brasil venceu o Chile por 4 a 0, nesta tarde, na cidade de Gotemburgo, na Suécia. Os gols foram marcados por Ronaldinho Gaúcho, duas vezes, Kaká e Juan.

A equipe brasileira mostrou-se melhor durante a totalidade da partida. O trio formado por Ronaldinho, Kaká e Robinho foi o grande destaque. O camisa 10 do Barcelona, inclusive, fez uma bela partida, demonstrando que pode sim jogar muito bem com a camisa da Seleção.

Agora sim!
Além de mudar a escalação da equipe, colocando Kaká, Ronaldinho e Robinho juntos, atendendo aos milhares de pedidos dos torcedores, o técnico Dunga também alterou outra coisa: o traje.

Criticado pela extravagância de suas roupas, o ex-capitão da Seleção apostou em uma discreta, porém elegante, camisa azul, combinada a uma calça marrom.

Camisa e posicionamento
Dunga inovou também na distribuição das camisas. A 10, que antes era usada por Ronaldinho, ficou com Kaká, considerado o novo maestro do treinador. O atacante do Barcelona, agora, é o número 7, que pertencia a Elano. Este ficou com a 5, enquanto Robinho entrou em campo vestido com a camisa 11.

O posicionamento também foi uma boa novidade. Ronaldinho e Robinho trocaram constantemente de posição, dificultando a marcação do Chile. O Gaúcho, ainda, ficou sempre pelo lado esquerdo, setor que atua pelo Barcelona. Kaká ocupou a faixa central, com total liberdade, lembrando a forma como joga pelo Milan

Trio resolve a parada
Com uma escalação bastante ofensiva (nada contra!), o Brasil começou deixando muitos espaços para o Chile. O meio-campo adversário detinha a posse de bola, mas não chegou a assustar o gol defendido por Júlio César.

Com a movimentação constante das peças de ataque (Ronaldinho era mais atacante do que Robinho, que saia para armar o jogo com Kaká), o Brasil passou a tomar conta da partida. Aos seis, em cobrança de falta levantada por Ronaldinho, Fred subiu alto, mas cabeceou sem força para defesa de Bravo.

A partir deste lance, Robinho definitivamente entrou no jogo. O ex-santista apelou para os dribles desconcertantes, e levou a marcação adversária à loucura. Aos 12, em nítida inversão de funções, Fred lançou Kaká, mas o ex-são-paulino se enroscou com a bola.

Aos 14, o juiz viu pênalti de Schwedler em Gilberto Silva. Ronaldinho Gaúcho, que não tinha nada com isso, foi para a cobrança e abriu o placar, acabando com seu jejum de gols com a camisa amarela. O novo camisa 7 não marcava desde a final da Copa das Confederações, em 2005, contra a Argentina (4 a 1).

Três minutos depois, o Chile teve a sua única chance de gol. Suazo recebeu lindo passe de calcanhar de Fernandez e bateu fora, à direita do gol brasileiro. Aos 27, Robinho avançou pelo meio, tabelou com Kaká e chutou firme; o goleiro Bravo fez excelente defesa, espalmando para escanteio.

Aos 30, o Brasil ampliou o placar. Daniel Alves foi a linha de fundo e cruzou para Kaká. O camisa 10 esperou a bola “pingar” no chão e bateu no ângulo, sem chance alguma ao goleiro chileno. É, a decisão de Dunga parece ter sido bastante acertada…

Apenas administrando…
O futebol bonito da primeira etapa teve seguimento nos 45 minutos finais. Logo aos dois minutos, Robinho recebe lançamento de Daniel Alves e, de bicicleta, acerta a trave do goleiro Bravo. A lembrança dos grandes tempos de Pelé e Garrincha foi clara.

No minuto seguinte, o Brasil fez o terceiro gol. Ronaldinho cobra falta baixa, no canto esquerdo de Bravo, e faz o seu segundo gol no jogo. Depois de marcar o terceiro, a equipe passou a tocar a bola com grande qualidade.

Aos 13, Kaká invadiu a área, fintou o zagueiro e bateu forte, mas o goleiro fez boa defesa. Aos 14, o Brasil deu números finais ao jogo. Robinho bateu escanteio, Ronaldinho dominou de maneira inusitada, mas a bola sobrou para Juan, livre na pequena área, que só teve o trabalho de completar para o fundo das redes.

Aos 17, o Chile deu seu único chute a gol no segundo tempo. Maldonado avançou e soltou a bomba, com a bola explodindo no travessão de Júlio César. Aos 20, Mineiro pegou a sobra de jogada de Kaká e chutou à esquerda do gol.

Aos 40, o Brasil teve sua última chance. Vagner Love puxou contra-ataque e tocou para Robinho. O atacante do Real Madrid puxou a bola, driblou o zagueiro, mas foi prensado na hora do chute.

Próximos Jogos
A Seleção Brasileira volta a campo nesta terça-feira. Aproveitando a oportunidade, o Brasil enfrenta a Gana, às 14h30, também na Suécia.

Na última vez que as equipes se enfrentaram, na Copa do Mundo de 2006, deu Brasil 3 x 0 Gana, com gols de Ronaldo, Adriano e Zé Roberto. Carlos Alberto Parreira era o técnico do time canarinho.

Ficha Técnica

Brasil 4 x 0 Chile

Local: Nya Ullevi Stadion, em Gotemburgo (Suécia)
Árbitro: Espen Berntsen (NOR)
Cartões Amarelos: Gilberto Silva (Brasil); Schwedler, Vargas, Figueroa, Sanhueza (Chile)
Gols: Ronaldinho Gaúcho, de pênalti, aos 15’/1T e aos 3’/2T, Kaká, aos 30’/1T e Juan, aos 14’/2T (Brasil)

Brasil
Júlio César; Daniel Alves, Lucio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva (Dudu Cearense), Elano (Mineiro), Kaká (Diego) e Ronaldinho Gaúcho; Robinho e Fred (Vagner Love).
Técnico: Dunga

Chile
Bravo; Schwedler (Navia), Fuentes e Vargas; Figueroa, Maldonado, Sanhueza, Gonzalez (Iturra) e Fernandez (Valdívia); Jiménez (Tello) e Suazo.
Técnico: Nelson Acosta