Boca Juniors (ARG) Fluminense
Boca Juniors 1 x 2 Fluminense - Fernando Diniz comanda título inédito!

Germán Cano abriu o placar no primeiro tempo. Depois do empate de Advíncula, John Kennedy marcou o gol do título na prorrogação

O Fluminense enfrentou o Boca Juniors no Maracanã e se sagrou campeão de forma inédita da Libertadores na edição de 2023

Fluminense
John Kennedy marcou o gol do título inédito (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC)


Por MIGUEL SALEK – Enviado Especial FI

Rio de Janeiro, RJ, 4 (AFI) – O Fluminense coroou a sua brilhante campanha ao conquistar o inédito título da Copa Libertadores ao vencer por 2 a 1 o Boca Juniors, neste sábado à tarde, no maracanã, no Rio de Janeiro. Os gols do título foram marcados pela principal dupla de artilheiros, o argentino Germán Cano e o brasileiro John Kennedy, este último durante a prorrogação.
Era o título que faltava ao Fluminense em seus 121 ano de vida (fundado em 21 de junho de 1902), antes quatro vezes campeão brasileiro (1970/1984/2010 e 2012) e uma da Copa do Brasil (2007), além de 33 títulos estaduais pelo Rio de Janeiro. Com a vitória, o clube carioca ainda levou US$18 milhões (R$94 milhões) como premiação, enquanto o Boca terá de se contentar com US$7 milhões (R$36,5 milhões).

OS PERSONAGENS
Os principais personagens desta conquista, sem dúvida, foram o técnico Fernando Diniz e os centroavante Germán Cano e John Kennedy. O argentino confirmou, com 13 gols, a artilharia da competição e também, com 16 gols, se tornou o principal goleador do Fluminense na Libertadores, superando a Fred, com 15 gols. No Brasil há pouco mais de três anos, ele já marcou 124 gols, 81 pelo Fluminense. Por outro lado, o jovem atacante brasileiro chegou a oito participações diretas em gols na primeira vez que disputa a competição, além de levantar o título.
Méritos também para Fernando Diniz que, em 2023, conquistou seus dois maiores títulos na carreira pelo Tricolor das Laranjeiras: o Carioca, em cima do Flamengo, e agora o inédito da Libertadores. Ele se consolida como um técnico arrojado, mas longe e mais maduro daquele que no início de carreira era dono do futebol enjoativo ‘tica-tac’ do Grêmio Osasco.

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Cano marcou o primeiro gol do jogo (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC)

DOMÍNIO TOTAL
O primeiro tempo foi todo do Fluminense, que chegou a ter 80% de posse de bola. O Boca Juniors manteve seu estilo de jogo, esperando na defesa para tentar um gol em algum contra-ataque. Teve duas boas jogadas, em cima do experiente Cavani.
Apesar do domínio territorial, o Fluminense criou pouco, assustando em duas cabeçadas. Mas chegou ao gol aos 36 minutos. Após jogada pelo lado direito, Keno cruzou em direção à grande área, onde Cano fez o drible de corpo em Advíncula e bateu de primeira, com o pé direito. A bola entrou no canto direito do goleiro, que saltou e nem chegou na bola.

BOCA JUNIORS EM CIMA
Mas no segundo tempo, o Boca Juniors avançou sua marcação, empurrando o time carioca para seu campo defensivo. O capitão Felipe Melo sentiu sua lesão muscular e precisou ser substituído por Marlon. O técnico Diniz não quis improvisar na troca, mesmo porque o volante André tinha grande atuação no meio-campo.
A partir dos 15 minutos, o Fluminense equilibrou as ações, procurando segurar a bola. As trocas de passes constantes irritavam os argentinos, que exageraram em faltas. Num momento crítico do jogo, o Boca empatou, aos 27 minutos. Após jogada pelo lado direito, Advíncula recebeu na entrada da área, sozinho, e chutou forte no canto direito de Fábio.
Este empate mudou o aspecto emocional do jogo, intimidando o Fluminense e, ao mesmo tempo, incentivando o Boca Juniors, mais agressivo e confiante.

Fluminense
Fluminense é o campeão da Libertadores (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC)

MUDANÇAS FINAIS
Fernando Diniz tentou mudar a história do jogo, dando mais intensidade com as entradas de Diogo Barbosa, Lima e John Kennedy. Já cansados, saíram Marcelo, Paulo Henrique Ganso e Lima. Mas o jogo, nesta altura, já estava nervosos e seguiu movimentado, com jogadas dos dois lados. Assim foi até o apito final que levou a decisão para a prorrogação.

PRORROGAÇÃO
A cautela para não sofrer um golpe fatal transformou em ainda mais dramática a reta final do jogo. A partir dos pés de Diogo Barbosa, que há pouco havia perdido um gol de frente com o goleiro adversário, surgiu a jogada mais perigosa da primeira metade, quando lançou Keno e o atacante, de cabeça, ajeitou para John Kennedy, que chegou finalizando de primeira da entrada da área e estufou a rede depois de uma pancada.
Atiçando a torcida na comemoração, o jovem acabou expulso ao receber o segundo amarelo e deixou o Fluminense com um a menos em campo. No último lance do primeiro tempo, Fabra também foi expulso por agredir o zagueiro Nino, que também recebeu amarelo no lance, e os times foram para o intervalo com dez em campo cada.
O Boca Juniors abusou das últimas alterações para tentar um gás a mais, com as saídas de Ezequiel Fernández, Medina e Figal, entrando Saracchi, Taborda e Valdez. Com nove minutos, o Fluminense quase ampliou em contra-ataque, mas a caprichosa finalização de Guga foi mansa até a meta e parou na trave direita de Sergio Romero.
Depois da blitz do Boca Juniors na reta final, Wilmar Roldán levantou o braço e sinalizou o fim da partida, decretando o título de campeão da Libertadores de 2023 ao Fluminense, de forma inédita.

FICHA TÉCNICA

Boca Juniors (ARG)
Boca Juniors (ARG)
1 2
Fluminense
Fluminense
Fase Fase:
Final
Fase Rodada:
Única
Fase Data:
04/11/2023
Fase Horário:
17:00
Fase Árbitro:
Wilmar Roldán (COL)
Fase Assistentes:
Alexander Guzmán (COL)
Dionisio Ruíz (COL)
Fase VAR:
Juan Lara (CHI)
Fase Cartões Amarelos:
Boca Juniors: Figal, Cavani e Langoni e Saracchi
Fluminense: Keno, John Kennedy, Nino e Cano
Fase Cartões Vermelhos:
Boca Juniors: Fabra
Fluminense: John Kennedy
Fase GOLS:
Fluminense: Germán Cano 36/1T e John Kennedy 8’/1T Pr
Boca Juniors: Advíncula 27/2T
Fase Público:
69.232
Fase Renda:
R$ 31.702.250,50
Fase Estádio:
Maracanã
Fase Local:
Rio de Janeiro (RJ)

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