Blog FI: Bisneta de fundador do Flu acredita na conquista

Oscar Cox era Inglês e chegou no Rio de janeiro trazendo a nova invenção da Europa e como a cidade só tinha clube de regatas, Flamengo, Vasco, entre outros, implantou na cidade a prática do FootbalRio de Janeiro, RJ, 02 (AFI) – Encontrei uma herdeira de sangue azul da história do Fluminense. Trata-se de Flávia Cox, sobrinha-bisneta de Oscar Cox, fundador do clube em 1902.

Flávia (foto ao centro) encontra-se em São Paulo trabalhando, mas estará, evidentemente, no Maracanã para acompanhar a partida e, por telefone, nos concedeu uma exclusiva entrevista.

Perfil

Nome: Flávia Cox
Idade: 28 anos
Local de nascimento: Rio de Janeiro
Formação e Profissão: Designer

LL: O que faz em São Paulo?
FC:
Fui chamada para trabalhar como designer em uma Agência de Comunicação Digital.

LL: O seu grau de parentesco com Oscar Cox?
FC:
Sobrinha-bisneta.

LL: Um pouco da história de sua família?
FC:
Oscar Cox era irmão de Edwin Cox, o pai da minha avó paterna. Desde pequena minha avó sempre contava histórias deles e mostrava fotos. Lembro que eu achava o máximo ter um tio-bisavô fundador do meu time e um bisavô jogador do Flu. Depois que meu pai morreu em 1998, comecei a torcer muito mais. Acho que me sinto na obrigação de torcer por mim e por ele.
No ano do centenário, em 2002, um jornal do Rio entrou em contato comigo e conseguimos juntar os herdeiros para uma reportagem no clube mesmo. Minha avó ficou bem feliz de terem lembrado de Oscar Cox.

LL: Sobre sua infância com este tão nobre nome?
FC:
Quando eu era pequena eu não ligava muito para futebol. Mas lembro do meu pai vidrado na TV vendo o Flu jogar. Comecei a me dar conta da importância da minha família quando já tinha uns 14 anos. Mas eu ficava meio triste quando eu falava que era sobrinha-bisneta do Oscar Cox e a pessoa (tricolor) perguntava quem ele era.

LL: O sentimento pelo clube?
FC:
Eu, simplesmente, amo o Fluminense. Como diz a música: Fluminense eterno amor. Sinto muita falta de ir ao Maracanã nos fins de semana como eu fazia quando morava no Rio. Mas no jogo contra a LDU, estarei lá, matando a saudade e empurrando o Flu para ganhar mais essa batalha. Vai valer a correria da ponte-aérea!

LL: O relacionamento com a diretoria?
FC:
Não tenho relacionamento…

LL: Já recebeu homenagens?
FC:
Não.

LL: Uma conquista inesquecível?
FC:
A Copa do Brasil no ano passado que nos colocou na Libertadores. Ok, teríamos entrado pelo Brasileiro também, mas a final da Copa do Brasil foi bem mais emocionante.

LL: Um jogo inesquecível?
FC:
A final do Campeonato Carioca em 1995, contra o Flamengo, com o gol de barriga do Renato Gaúcho que nos deu a vitória. Lembro que foi nesse dia que meu pai falou que para ser tricolor tinha que ter um coração muito forte para agüentar toda a emoção porque parece que a gente gosta de jogar assim, no sufoco sempre.

LL: Um grande ídolo?
FC:
Rivelino!

LL: A diferença que sente do tricolor para outros torcedores?
FC:
A torcida tricolor, além de ser a mais bonita de todas, é a que mais acredita. Na fase boa e na fase ruim, lá estamos nós, sempre dando força para nosso time de coração.

LL: O que significa para você um Maracanã lotado?
FC:
Significa muita energia positiva, muita emoção e muito orgulho.

LL: Por que acredita na vitória diante da LDU?
FC:
Porque nosso time é um time de garra e com todas as vibrações positivas da torcida que vai lotar o Maracanã, não temos como perder. Vamos Fluzão, vamos ganhar.

Oscar Cox (Fonte Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Oscar Alfredo Cox foi o fundador do Fluminense Football Club. Nasceu no dia 20 de janeiro de 1880 e faleceu na França, em 6 de outubro de 1931, com 51 anos. Foi presidente do Fluminense Football Club de 21 de julho de 1902 a 31 de dezembro de 1904.

Chegou ao Brasil em 1897 e maturou por cinco anos sua idéia de formar um time de futebol, esporte desconhecido no Rio de Janeiro que era na época fascinado pelo remo, praticado na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Em 21 de julho de 1902, no Rio de Janeiro era fundado o Fluminense Football Club. A reunião foi presidida por Manoel Rios e secretariada por Oscar Cox e Américo Couto. Por proposta de João Carlos de Mello e Virgílio Leite, Oscar Alfredo Cox foi aclamado primeiro presidente do clube, assumindo então os trabalhos e passando Manoel Rios para secretário.

Como jogador, Oscar Cox foi campeão carioca em 1906 e 1908 atuando em quatro partidas.

Partiu para Londres, em 1910, definitivamente, tendo recebido no seu embarque uma mensagem de despedida, assinada por sócios do Fluminense. Essa mensagem foi encontrada em seus pertences após sua morte, com o seguinte texto escrito por Cox: “Cresswell. In case of my death, send to Mario Pollo, secretary of Fluminense F. C. Rio de Janeiro” (“Cresswell. No caso de minha morte, enviar a Mário Pollo, secretário do Fluminense F. C. Rio de Janeiro”). Sua vontade foi atendida.

Filho de George Emmanuel Cox e Minervina Dutra, Cox teve seu corpo enviado para o Rio de Janeiro, sendo sepultado no cemitério de São João Baptista, Carneiro Perpétuo 2.068 – Quadra 38, no bairro de Botafogo em 21 de outubro de 1931.

Em 21 de Julho de 1952, nas comemorações do cinquentenário da fundação do Fluminense Football Club, no mausoléu de Oscar Cox foi inaugurada uma placa de bronze com a inscrição: Viver e não deixar uma instituição atrás de si não vale a pena viver. Oscar Cox dirigiu a fundação do Fluminense Football Club, que, no seu Cinqüentenário, aqui grava sua gratidão e saudade. Uma homenagem do então Presidente do clube, Fábio Carneiro de Mendonça.