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ARIOVALDO IZAC

Blog do Ari - Saiba como chegaram ao Guarani os novos reforços

Cartolas do Guarani, claramente desconectados do mercado da bola, foram influenciados sabe-se lá por quem para buscar reforços à Série B

Exceto Luan Dias, chegam jogadores de estatura mediada, refugos, promessa vindo de lesões graves e atacante que não marca gols

Série B - Guarani
Luan Dias está mais maduro e pode ajudar o Guarani. Foto: GFC

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Campinas, SP, 6 (AFI) – Quando não se tem informações precisas sobre determinados jogadores, o mínimo que compete ao analista de futebol é fazer levantamento das últimas passagens deles nos respectivos clubes que estiveram vinculados, para a devida propagação.

Desta ‘leva’ que o Guarani contratou, visando a Série B do Campeonato Brasileiro, evidente que o seu torcedor está familiarizado com o meia Luan Dias e os atacantes Airton e Caio Dantas.

De certo, sobre o zagueiro Douglas Bacelar, lateral-esquerdo Jefferson, volante Kayque e atacante Renyer o bugrino tem poucas informações.

Dos atletas mais conhecidos, Luan Dias mostrou repertório de encaixe na equipe do Água Santa e oscilações na passagem pela Ponte Preta.

AIRTON

Em relação ao atacante de beirada Airton, que despontou na Inter de Limeira em 2020, com velocidade para chegar ao fundo de campo, a projeção natural seria que emplacasse em clube de maior projeção, o que não se repetiu no Cruzeiro, Ceará e Atlético Goianiense.

Jogador de 22 anos e 1,78m de altura, seria o Guarani uma ‘ponte’ para reencontrar aquilo que já mostrou?

CAIO DANTAS

Na passagem pelo Sampaio Corrêa, em 2020, Caio Dantas foi artilheiro da Série B com 17 gols, em lances bem abastecidos pelo meia Marcinho e por ter sido cobrador oficial de pênaltis.

Na lógica, o time maranhense teria sido divisor de água na carreira dele, após passagens sem a devida recomendação no Cuiabá e Botafogo (SP), entre outros.

Só que nos últimos três anos ele rodou em clubes como Água Santa, Criciúma, outra vez Botafogo, Vila Nova e Vitória (BA), e os gols rarearam.

É atleta de 31 anos de idade, 1,77m de altura, e característica de quem sabe enfrentar goleiros.

Vai se reencontrar no Guarani?

CADÊ A ESTATURA?

O terceiro atacante que passa a integrar o elenco bugrino também conta com estatura inferior a 1,80m, como é o caso de Renyer, três centímetros a menos.

O histórico deste atleta é intrigante. Se o Santos – então detentor dos direitos econômicos dele – havia estabelecido contrato com multa rescisória de R$ 450 milhões, por que teria sido tão generoso ao liberá-lo gratuitamente no final do ano passado?

Segundo informações do portal GE-Santos, o atleta teria sofrido duas graves lesões de joelho.

KAYQUE

Ainda no descuido de contratar jogador de estatura mediana, num futebol valorizado no jogo aéreo, o Guarani trouxe o volante Kayque, 1,76m de altura, vinculado ao Botafogo (RJ), mas com participação, neste ano, em apenas uma partida válida pela Taça Guanabara, contra o Nova Iguaçu, segundo a Rádio Tupy, do Rio de Janeiro.

O atleta chegou a ser levado ao RWD Molenbeek, da Bélgica, ano passado, mas não foi relacionado em uma partida sequer pelo técnico Cláudio Caçapa, segundo o site terra.com.br.

JEFFERSON E BACELAR

Cartolas do Guarani, claramente desconectados do mercado da bola, foram influenciados sabe-se lá por quem e trouxeram do Criciúma, no início do ano, o instável lateral-esquerdo Welder, ignorando citação neste espaço que iriam se arrepender do negócio.

Será que agora a tendência seria de acerto na contratação de Jefferson, para a posição?

Oxalá a manchete do site Expresso360, de Goiás, esteja equivocada quando cita que ‘Atlético (GO) negocia Jefferson, lateral contestado pela torcida’.

Segundo informação, ano passado, emprestado ao Vasco, o atleta teria sido relacionado em quatro jogos e devolvido ao Furacão, que nesta temporada o repassou ao Juventude também por empréstimo, até o final de 2024, mas com rescisão após ter atuado em apenas seis jogos e rendimento abaixo do desejado, citou o site radiocaixas.com.br.

Outra inquietação é por que o Avaí (SC), na mesma Série B do Guarani, não renovou o contrato do zagueiro Douglas Bacelar que, em disponibilidade no mercado, topou a transferência a Campinas?

Estaria o Avaí – que pleiteia o acesso – não distinguindo adequadamente a condição do atleta de 33 anos e 1,90m de altura? Ou a conjuntura do futebol teria premiado o Guarani?

O atleta tem experiência internacional, com passagens no futebol da Ucrânia e Turquia.

SÃO TOMÉ

Diante das dúvidas provocadas por informações da mídia e decisões de dirigentes de clubes, colocando em disponibilidade alguns dos citados atletas contratados pelo Guarani, a dúvida persiste e compete a esses novos integrantes do elenco desmentirem, no gramado, observações feitas a respeito deles.

No papel de ‘São Tomé’, vamos ver para crer.