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ARIOVALDO IZAC

Blog do Ari: O que falta para João Brigatti na Ponte Preta?

Treinador de futebol precisa ter leitura de jogo caso a caso, para definir as alternativas mais viáveis. Falta discernimento para tomada de decisões mais compensatórias.

João Brigatti tem o grande mérito da postura de líder no elenco pontepretano, que sabe cobrar transpiração de seus jogadores.

Série B - 2024
Elvis suportou bem fisicamente diante do Santos. Foto: Anderson Lira - AAPP

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Campinas, SP, 16 (AFI) – Com o saudoso professor de análise de futebol Brasil de Oliveira aprendi que avaliações jamais devem ser feitas ao sabor do vento, ou seja: o clube ganhou, massagear o ego do torcedor; perdeu, críticas duras.

Com treinadores da melhor ‘estirpe’, que passaram por Campinas, pude sugar o vaivém da bola.

Logo, colocações críticas que publico deveriam remeter à reflexão do citado, mas na maioria das vezes isso é ignorado.

O parceiro João da Teixeira, um dos fieis participantes da seção de comentários na plataforma https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, lasca:

“Ô Ari, o Brigatti vai ficar bravo com vc. Nada serviu na Ponte?”

Mais indignado ainda ficou o internauta Juliano, estreante nos comentários da página :

“Não é possível. O que você tem contra o João Brigatti? Nada está bom para você !?”

REFORÇAR A PEGADA

Então cabe recorrermos à recapitulação de postagens.

Após o empate com o Operário, citei que a Ponte Preta, enquanto mandante de seus jogos e mostrando volume ofensivo, seria válida a estratégia com três atacantes e um meia que não seja combativo, como Élvis.

Fora de casa e sofrendo pressão, como ocorreu diante do Operário, a estratégia precisa ser repensada.

Meu equívoco foi não ter incluído jogos em casa contra equipes do G4 como o Santos, com exigência de rigorosa estratégia defensiva.

Onde está o erro na linha de raciocínio?

Aí joga-se com três atacantes, justifica-se que aqueles de beirada são incumbidos de recomposição, mas na prática eles não têm a capacidade de desarme como suposta inclusão de mais um volante, abdicando-se de um atacante.

Considerando-se a qualidade de um adversário como o Santos, capaz de explorar falhas de uma defesa aberta, como foi o caso da Ponte, presumível que ela correria risco.

GUILHERME

Providência cobrada de Brigatti era que revisse a escalação do lateral-direito Igor Inocêncio, que sequer deu conta de marcar o inconstante atacante Maxwell, contra o Operário, o que dirá em confronto com Guilherme?

Logo, a jogada do primeiro gol do Santos começou a ser desenhada pela facilidade de Guilherme parar a bola, erguer a cabeça e calcular a distância para que chegasse na cabeça do zagueiro Gil.

O que poderia ter sido feito na lateral?

Simples. Com Luiz Felipe lesionado e, se várias vezes na carreira Dudu Vieira foi improvisado na lateral-direita, por que não defini-lo por ali?

Quem ocupar o posto de Dudu Vieira, para preencher a ‘meiúca’? Brigatti conta com Ramon Carvalho e Emerson, como opções.

E se Guilherme não sofresse lesão muscular quando estava na cara do gol, para marcar o terceiro do Santos, após ganhar a jogada de Igor Inocêncio?

LEITURA DE JOGO

São coisas óbvias que não podem passar despercebidas.

Treinador de futebol precisa ter leitura de jogo caso a caso, para definir as alternativas mais viáveis.

Brigatti tem o grande mérito da postura de líder no elenco pontepretano, que sabe cobrar transpiração de seus jogadores.

Logo, resta pleno discernimento para tomada de decisões mais compensatórias.