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ARIOVALDO IZAC

Blog do Ari - Mirassol mereceu a virada sobre o Guarani

Não há como contestar a legitimidade da vitória do Mirassol sobre o Guarani por 3 a 2, em Campinas. Acompanhe a análise completa deste jogo.

Cabe, sim, rasgar elogios ao trabalho do treinador Mozart Santos no comando do Mirassol, pois coloca em prática uma equipe compactada

Guarani Bruno Mendes Raphael Silvestre GFC
Bruno Mendes fez os gols do Guarani. Foto: Gabriel Silvestre - GFC

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Campinas, SP, 31 (AFI) – Não há como contestar a legitimidade da vitória do Mirassol sobre o Guarani por 3 a 2, na noite desta quarta-feira em Campinas. Se as equipes basicamente se equivaleram durante o primeiro tempo, a clareza do domínio absoluto do Mirassol foi flagrante após o intervalo.

Mesmo quando o Mirassol sofreu o gol da virada do Guarani, que estabelecia vantagem por 2 a 1, aquele não era o retrato fiel do jogo.

Cabe, sim, rasgar elogios ao trabalho do treinador Mozart Santos no comando do Mirassol, pois coloca em prática uma equipe compactada, que valoriza a posse de bola, e diferente do que muitos imaginavam, veio a Campinas para atacar, naturalmente sabendo fazer a recomposição.

Mais que isso: marcou pressão na saída de bola do Guarani durante os dois períodos.

Como torcedor se fixa basicamente no resultado do jogo para avaliação, de certo vão aparecer críticas de bugrinos sobre o comportamento de seu time, mas isso não condiz com aquilo que foi mostrado, exceto alguns vacilos.

Não se pode dizer que o Guarani tivesse jogado mal, e que a vitória sobre o Ituano teria sido um mero acaso.

Cabe reafirmar que houve sim vacilos defensivos nos três gols, mas não é caso de sair crucificando esse ou aquele jogador.

Torcedor precisa aprender a reconhecer méritos do adversário, principalmente aquele que se dispõe a jogar de igual por igual.

GOLS RELÂMPAGOS

O que o bugrino jamais esperava foi aquele erro de saída de bola logo aos cinco minutos, diante de uma marcação alta do Mirassol.

Se o atacante de beirada Diego Gonçalves se enroscou na finalização, na cara do gol, por sorte dele a bola, espirrada na área, se ofereceu para o centroavante Delatorre empurrar para a rede, com toque para o canto esquerdo.

A reação do Guarani foi sintomática, pois chegou ao empate aos nove minutos, resultante de duas consecutivas cobranças de escanteios.

Se na primeira testada do atacante Derek o goleiro Alex Muralha praticou defesa difícil, em seguida, na cobrança do lateral-esquerdo Mayk, o centroavante Bruno Mendes cabeceou e Muralha não conseguiu segurar: 1 a 1.

Guarani 2 x 3 Mirassol
Guarani foi bem no jogo aéreo, mas faltou consistência. Foto: Raphael Silvestre – GFC

JOGO AÉREO

Embora o Mirassol tenha um miolo de zaga alto, o Guarani estava se prevalecendo no jogo aéreo, tanto que em bola apenas escorada por Derek, após cobrança de escanteio, ela chegou a tocar levemente no poste esquerdo de Alex Muralha, aos 24 minutos.

De posse de bola, o Mirassol sabia conduzi-la até as imediações da área bugrina, mas aí enfrentava resistência para prosseguir na jogada.

E quando ele passou a ter mais posse de bola e volume ofensivo durante o segundo tempo, voltou a ser surpreendido no jogo aéreo, e novamente em cobrança de escanteio.

O ensaio da jogada no primeiro pau foi fundamental para que Derek ganhasse a jogada pelo alto e, numa casquinha na bola, servisse Bruno Mendes no segundo pau, para finalizar com sucesso e fazer Guarani 2 a 1.

Aquela altura o meia-atacante Chay já estava no gramado, na equipe bugrina, com finalidade de melhorar o repertório de criatividade de três volantes, mas na prática pouco acrescentou.

MIRASSOL VIROU

O treinador bugrino Umberto Louzer previu ‘oxigenar’ a sua equipe, principalmente com jogadores de marcação no meio de campo, para sustentação da vantagem, mas o Mirassol não esmoreceu e seguiu à ‘luta’.

Até o seu zagueiro central Lucas Gazal se mandou ao ataque, e foi dele o cruzamento, pela direita, que encontrou Delatorre livre no segundo pau, para cabecear no canto oposto do goleiro bugrino Douglas Borges, aos 35 minutos: 2 a 2.

Como Mozart quis ampliar o poderio ofensivo de sua equipe, objetivando a vitória, colocou em campo o atacante de beirada Paulinho Bóia, que sabe fazer a diagonal, a começar jogadas pelo lado esquerdo.

Foi assim que, conduzindo a bola, sem que defensores bugrinos encurtassem a distância, o desfecho do lance foi um chute certeiro, no ângulo superior esquerdo de Douglas Borges, aos 43 minutos.

Sem que o Guarani voltasse a incomodar, a partida foi se arrastando até nos acréscimos, com vitória dos visitantes.

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