Bebeto Oliveira, jogador razoável e ótimo preparador físico

Bebeto Oliveira, jogador razoável e ótimo preparador físico

Bebeto Oliveira, jogador razoável e ótimo preparador físico

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Bebeto de Oliveira, consagrado preparador físico aposentado, a maioria dos desportistas brasileiros conhece. O apenas volante Bebeto dos anos 60, com carreira de atleta na Ponte Preta e Ferroviária de Araraquara, só uma minoria conhece.

Pois o Bebeto atleta bem que tentou fazer carreira no Guarani, mas tudo não passou de estágio na categoria juvenil. A Ponte Preta deu-lhe abrigo, nela se profissionalizou, e foi identificado como esforçado volante.

Consciente que não era organizador de jogadas, Bebeto fazia o básico ao desarmar adversários e optar pelo passe curto. Apesar disso, de vez em quando se mandava ao ataque, e o pontepretano da velha guarda recorda o melhor jogo que realizou no clube ao marcar dois gols na vitória sobre o Paulista de Jundiaí, por 3 a 2, em Campinas, na década de 60.

PERDA DO TÍTULO

A torcida pontepretana ainda estava cabisbaixa com a perda do título de acesso à elite do futebol paulista correspondente à temporada de 64, na derrota em Campinas para a Portuguesa Santista, quando logo em seguida surgiu Bebeto, que na época não usava o sobrenome Oliveira.

A estreia dele foi em amistoso contra a Francana, que terminou empatado por 1 a 1, dia nove de maio de 1965. Rodrigues marcou para a Ponte e Gil à Francana.

O time da época? Dado; Wilson, Edson, Celso e Beto Falsete; Bebeto (Heitor) e Da Silva (Curvinho); Jairzinho, Rodrigues, Cristóvão e Zé Francisco.

MEIA-ARMADOR

Posteriormente Bebeto passou a jogar como meia-armador e começou a marcar uns golzinhos. Contra o Paulista, em Jundiaí, foi autor de dois gols na vitória por 3 a 1. Em Guaratinguetá, contra a extinta Esportiva, juntou-se a Capeloza e Cristóvão que marcaram para a Ponte na vitória por 3 a 2. Na repetição do placar diante do Taubaté marcou mais uma vez, a exemplo de Cido e Capeloza de pênalti. E o último gol com a camisa alvinegra foi diante do Bragantino, quando entrou no lugar de Hélio Burini, na ocasião o titular da camisa dez.

A temporada de 1966 não começou como Bebeto previa. Se ainda se alternava na meia com Hélio Burini, ficou sem chances com a chegada do meia-esquerda Joaquinzinho, na segunda quinzena de abril.

JOÃO LEAL NETO

Já não dava para Bebeto reassumir a função de volante com a vinda do então são-paulino João Leal Neto. Assim, com espaço encurtado na Ponte, se transferiu à Ferroviária de Araraquara, quando voltou a jogar de volante e formou dupla com o saudoso Bazzani.

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Ele participou do time que retornou à Divisão Especial naquela temporada, que contava com o lateral-direito Baiano, ponteiro-direito Nicanor de Carvalho e centroavante Téia.

Bebeto ficou na Ferroviária até 1972, período em que cursou a faculdade de Educação Física em São Carlos, encerrou a carreira de atleta, e chegou a comandar uma equipe de basquete na cidade.

Depois passou a atuar como preparador físico em clubes de futebol, na maioria das vezes participando de comissões técnicas montada pelo treinador Cilinho.

Aos 75 anos de idade, Carlos Roberto Valente de Oliveira, o Bebeto, voltou a morar em Campinas.