BAIANO: Ba-Vi começa com promessa de paz e termina com "quebra pau" histórico

Jogo foi encerrado aos 34 minutos do segundo tempo por falta de jogadores do vitória em campo

Jogo foi encerrado aos 34 minutos do segundo tempo por falta de jogadores do vitória em campo

Salvador, BA, 18 (AFI) – Nada melhor que encerrar o famoso carnaval de Salvador com a disputa de um Ba-Vi. No primeiro clássico de 2018, Bahia e Vitória prometiam um clássico da paz antes da bola rolar, no Barradão, em Salvador, mas o que se viu no segundo tempo foi uma verdadeira batalha campal, que resultou em sete expulsões e o encerramento da partida após os rubro-negros terem cinco jogadores excluídos. Ah, o resultado: 1 a 1.

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Antes da bola rolar, jogadores de Bahia e Vitória se uniram no centro do gramado para fazer um minuto de silêncio pelo falecimento de Danilinho, da Juazeirense, na última semana. Foi, certamente, o único minuto de silêncio em Salvador desde o início do carnaval.

Assim como os trios que circulam na Barra-Ondina, o duelo foi bastante movimentado. Logo aos onze minutos, após cobrança de falta, Kayke desviou de cabeça e exigiu grande defesa de Fernando Miguel. Aos poucos, o Vitória foi crescendo e levou perigo em finalizações de Kanu e Neílton.

Depois da parada técnica para a hidratação, o Vitória seguiu dominando e abriu o placar. Aos 33 minutos, Denílson finalizou em cima de Douglas, mas pegou o próprio rebote e finalizou alto, sem chances para a defesa do Bahia cortar.

Briga entre jogadores manchou promessa de clássico da paz

Briga entre jogadores manchou promessa de clássico da paz

A pimenta baiana ardeu, literalmente, no segundo tempo. Logo aos cinco minutos, o Bahia deixou tudo igual em cobrança de pênalti de Vinícius. Na comemoração, no entanto, o meia fez uma dancinha. Os jogadores do Vitória entederam como provocação e a chinela cantou.

Atrás do gol, jogadores dos dois times trocaram socos por cerca de cinco minutos e a confusão. Vinícius apagou de Kanu e Denílson. Edson, do Bahia, saiu do banco de reservas para bater em Neílton. Depois de dez minutos, o árbitro Jaílson Macedo Freitas reiniciou a partida. O Tricolor teve quatro expulsos (Rodrigo Becão, Edson, Vinícius e Lucas Fonseca) e o Vitória três (Kanu, Denílson e Rhayner). Na saída do gramado, Kanu acabou aplaudido pelos torcedores do Vitória.

O que houve depois do retorno da partida foi algo parecido com o futebol. O Vitória forçou duas novas expulsões, em questão de minutos, e o jogo precisou ser encerrado. Isto porque a regra do futebol exige que haja pelo menos sete atletas em campo. Por incrível que pareça a torcida do Leão comemorou a atitude da equipe em forçar o final do jogo.

CHORORÔ?
O técnico Vagner Mancini, do Vitória, ainda dentro de campo saiu indignado com a arbitragem e reclamou do diretor do Bahia, Diego Cerri. “Nós estávamos falando sobre a pressão que a diretoria do Bahia, o Diego, deu no árbitro no intervalo. Isso ninguém viu”, afirmou.

“A partir do momento em que há uma briga generalizada, e ele expulsa menos jogadores do Vitória, isso está errado. Quem causou a briga não foi o Vitória. O atleta do Bahia foi vibrar na frente na torcida do Vitória. Faz o gol de pênalti e foi vibrar na torcida do Vitória? Por que não foi comemorar com a torcida do Bahia?”, prosseguiu.

O atacante do Bahia lamentou o ocorrido:”Acima de tudo, ficou feio para ambas as equipes. Somos profissionais, temos que jogar e isso não aconteceu até o fim. Um episódio lamentável. Que sirva de lição para todo mundo”, disse.

A briga em campo se refletiu na arquibancada. Houve confusão na arquibancada onde estavam os torcedores do Bahia. Até o término da partida havia sido registrado a prisão de 13 torcedores.