Atletismo: Julgamento de Pistorius ficará paralisado até 7 de abril

Paralização foi confirmada após um dos juristas adoecer

A paralisação dos trabalhos do tribunal em que o astro paralímpico está sendo julgado em Pretória foi confirmada pelo fato de que um dos juristas que ajudarão a definir o veredicto do velocista sul-africano está doente.

Campinas, SP, 28 (AFI) – As audiências do julgamento de Oscar Pistorius foram oficialmente adiadas, nesta sexta-feira, até o próximo dia 7 de abril. A paralisação dos trabalhos do tribunal em que o astro paralímpico está sendo julgado em Pretória foi confirmada pelo fato de que um dos juristas que ajudarão a definir o veredicto do velocista sul-africano está doente.

Acusado do assassinato da modelo Reeva Steenkamp, ocorrido em 14 de fevereiro de 2013, o atleta paralímpico começou a ser julgado no dia 3 de março e alega que atirou na sua namorada por engano, pois considerava se tratar de um intruso que havia invadido a sua residência, onde disparou tiros que atravessaram a porta da suíte do casal e mataram sua namorada.

“Um dos meus assessores não está bem, então este tribunal não está propriamente constituído”, disse o juiz Thokozile Masipa para justificar a paralisação do julgamento.

“Sugiro que adiemos esse assunto até 7 de abril”, completou o magistrado, que trabalha com dois assessores do júri que se sentam ao seu lado no tribunal de Pretória.

Na semana passada já havia sido confirmado também que o julgamento de Pistorius irá se estender por mais dois meses e só terá seu veredicto em 16 de maio. Inicialmente, a previsão era de que as audiências do caso fossem realizadas entre 3 e 20 de março, mas a promotoria ainda está apresentando provas contra o atleta, assim como várias testemunhas ainda precisam ser ouvidas.

Se for considerado culpado, Pistorius poderá até mesmo ser condenado à prisão perpétua, com direito a solicitar liberdade condicional após cumprir 25 anos de pena na cadeia. Antes de matar a namorada, o sul-africano era um atleta mundialmente admirado, cuja carreira atingiu o ápice em 2012, quando ele participou dos Jogos de Londres, se tornando o primeiro competidor paralímpico a disputar uma edição da Olimpíada. Além disso, o velocista biamputado, que corre com auxílio de próteses nas pernas, possui oito medalhas paralímpicas, sendo seis delas de ouro.