Até o pobre Oeste tirou 'casquinha' do Guarani

Até o pobre Oeste tirou 'casquinha' do Guarani

Até o pobre Oeste tirou 'casquinha' do Guarani

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O Guarani vive momento tão desacreditado neste Campeonato Brasileiro da Série B a ponto de o treinador do Oeste, Renan Freitas, avisar a vinda a Campinas pra ganhar o jogo.

Por que tamanha pretensão com o seu pobre time?

Porque observou que, em última análise, sua equipe está no mesmo patamar do Guarani, e diante do cenário teria validade acreditar.

De certo Renan Freitas havia observado que, na hipótese de seu time não falhar na noite desta segunda-feira, dificilmente perderia.

E mesmo com a falha do goleiro Luiz no gol bugrino, o Oeste estava convicto que o Guarani poderia fazer um gesto de retribuição.

E retribuiu justamente naquela temeridade do torcedor bugrino de bola alçada contra a sua área.

Em uma das incontáveis cobranças de escanteio para o Oeste, aos 29 minutos do segundo tempo, através do meia Mazinho, o zagueiro Sidimar ganhou a disputa pelo alto do zagueiro Bruno Silva e empatou a partida: 1 a 1.

Bruno Silva?

Teria algum zagueiro do Guarani se machucado para que ele o substituísse?

Não. Foi paúra de quem queria sustentar a magra vantagem por 1 a 0.

Assim, a partir dos 18 minutos do segundo tempo, optaram pela entrada dele no lugar do meia Giovanny.

Optaram porque não se sabe se o treinador interino do Guarani, Estéphano Djian. à beira do gramado, teria autonomia pra tomada de decisão, ou aguardou contato do contratado Ricardo Catalá, instalado em camarote do Estádio Brinco de Ouro.

ADMINISTRAR VANTAGEM

Seja como for, é claro que foi decisão equivocada.

Como o Guarani mostrou com clareza a intenção de administrar a vantagem, o Oeste acreditou em melhor sorte de seu jeito todo atabalhoado.

Pior é que o Guarani não pode lamentar esse empate, porque não fez por merecer coisa melhor.

Se há reconhecimento que o meia Lucas Crispim pegou bem na bola em cobrança de falta aos seis minutos do segundo tempo, convenhamos que o chute teve como alvo o lado oposto da barreira, justamente onde goleiros se posicionam, mas Luiz, mal posicionado, falhou.

Afora esse lance, registro apenas para três chutes fracos de burinos ao gol adversário, defendidos por Luiz: dois deles através de Giovanny e o outro com Bruno Sávio, que demorou para entrar em campo em substituição ao sonolento Waguininho.

DESORGANIZAÇÃO

Logo, esse histórico ofensivo do Guarani reflete a desorganização da equipe em campo.

Um meio de campo que não cria, atacantes Todinho e Waguininho dispersos, e inoperância dos laterais, exceto apenas na arrancada de Bidu que resultou na falta sofrida e convertida por Crispim.

Em vez de criação o Guarani abusou de erros de passes e deu claros sinais que muita coisa precisa ser trabalhada na sequência da competição.

CATALÁ

Primeiro diagnóstico que se cobra de Catalá é que distingua o que há de mais aproveitável no elenco para ser escalado.

Segundo é evitar distanciamento do ataque em relação aos demais compartimentos.

Júnior Todinho e Waguinho ficam avançados e, quando acionados, o adversário intercepta a maioria das jogadas.

É urgente a escalação do meia Alanzinho, vindo por empréstimo do Palmeiras, pois o setor carece de lucidez.

Embora tenha recursos, Giovanny não tem correspondido nas últimas partidas.

Enfim, passou da hora de se arregaçar as mangas e mudar a cara desse Guarani, mesmo que para isso dirigentes tenham que ir ao mercado em busca de verdadeiros reforços, que possam revigorar a equipe.