Até nas vitórias Guarani já dependia de ajustes

Acompanhe uma análise fria de cada jogo do Bugre e chegue à sua conclusão

É preciso analisar com calma a evolução do time, não só em derrotas como em vitórias

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Ninguém repetiu tanto o bordão ‘futebol é resultado’ de que o ex-treinador Jair Picerni.

Quando o time ganha, é praxe comentaristas de futebol envaidecerem o vendedor, independentemente das circunstâncias, pois assim massageiam o ego do torcedor.

Claro que nem tudo está perfeito quando se ganha, assim como não se pode enquadrar como desprezível qualquer derrota.

Coloquemos o Guarani na balança a partir da goleada imposta ao Confiança por 4 a 1.

Foi uma esplendorosa atuação?

Difícil passar ao torcedor bugrino que na ocasião o time não realizou partida irrepreensível, embora os números estivessem ali e eles não mantém jamais, dizia o saudoso narrador de futebol Pereira Neto.

Pois mesmo o Guarani goleando, procurei enfatizar a segura malha de marcação da equipe, que permitiu sabedoria para se explorar velozes contra-ataques, diante de um adversário fraco, que aplicou tática suicida de atacar.

SAMPAIO CORRÊA

No empate sem gols contra o Sampaio Corrêa, o Guarani criou apenas duas reais oportunidades de gols, e em falhas cometidas pelo adversário.

Aquela postura ofensiva da equipe bugrina, de a bola rolar de pé em pé, com toques curtos e aparente envolvimento sobre o adversário, dava a sensação de que o gol pudesse sair a qualquer momento, mas na prática faltava capacidade de infiltração no último terço do campo, principalmente porque os adversários passaram a exercer marcação rigorosa sobre o meia Régis, que desequilibrava até então.

VASCO

No jogo contra o Vasco houve um erro de avaliação tática do treinador bugrino Daniel Paulista.

Faltou-lhe capacidade de convencer os seus comandados de que o recomendável seria o Guarani jogar esperando e contra-atacar.

Como assim?

Sim, mudar a postura de um time ofensivo para reativo, exatamente para explorar jogadas de velocidade diante de uma lenta defesa do Vasco, como foi atestado por quem assistiu à partida dele diante do Botafogo.

Com postura de franco atirador naquele jogo no Estádio São Januário, o Guarani tomou quatro na sacola.

VILA NOVA

Tá certo que vai demorar mais uma década para que o Vila Nova ratifique uma partida tão ajustada como ao golear o Guarani em Campinas, por 4 a 1, no sábado.

Todavia, lições precisam ser tiradas nesta derrota bugrina.

Não se pode oferecer contra-ataques ao adversário sem a organização do homem da sobra na defensiva.

Não dá pra deixar homens do miolo de zaga do Guarani de mano, quando o adversário puxa jogadas de velocidade.

Não dá para que os dois volantes – Bruno Silva e Rodrigo Andrade – avancem simultaneamente e a cabeça da área fique desguarnecida.

O mesmo se aplica aos dois laterais – Diogo Matheus e Bidu – ao se soltarem ao ataque de uma só vez.

É preciso haver balanço, de forma que um deles fique recuado e de sobreaviso para eventual erro de jogada de sua equipe, com finalidade de que esteja pronto para a cobertura.

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Após duas chapuletadas, Daniel Paulista precisa parar de inventar moda

DANIEL PAULISTA

De repente, essas duas ‘chapuletadas’ sofridas pelo Guarani sirvam para o treinador Daniel Paulista caia na real e pare com invenções.

Semana passada o atacante de beirada Matheus Souza deu aquela entrevista coletiva com respostas arrogantes e retrucando quem cobrava dele devidas correções de erros.

Era o caso do comandante colocá-lo nos devidos lugares, acordá-lo para a realidade, mas estranhamente o presenteou com camisa de titular contra o Vila Nova, para depois sacá-lo da equipe antes do término do primeiro tempo.

Que agora Daniel Paulista pondere sobre críticas feitas ao centroavante Lucão, que insiste em não se condicionar adequadamente no aspecto físico.

Se continuar dando camisa para o atleta, a hipótese de que continue sendo presa fácil aos marcadores é a mais viável.

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