Atalanta insiste em Rodrigo Muniz e enfrenta crise com Lookman

Italianos pressionam pelo atacante do Fulham e tentam segurar Lookman, que quer sair.

Atalanta segue firme por Rodrigo Muniz, ex-Flamengo, e lida com insatisfação de Lookman.

Ademola Lookman. Foto: Reprodução/Instagram/@molalookman
Ademola Lookman. Foto: Reprodução/Instagram/@molalookman

Bérgamo, ITA, 5 (AFI) – A Atalanta não tira o pé do acelerador na busca por Rodrigo Muniz, ex-Flamengo e atualmente no Fulham. O centroavante brasileiro de 24 anos é visto como o nome ideal para substituir Mateo Retegui, negociado por 68,25 milhões de euros ao Al-Qadsiah. Apesar da resistência dos ingleses, os italianos seguem firmes na tentativa de fechar o negócio.

Muniz viveu a melhor fase da carreira na temporada 2024/2025, balançando as redes 11 vezes e dando duas assistências, mesmo entrando em campo mais vezes como reserva do que titular. O atacante e seu staff enxergam a transferência para a Atalanta como uma grande valorização, o que anima o clube de Bérgamo a manter as conversas.

ATALANTA BUSCA RODRIGO MUNIZ PARA O LUGAR DE RETEGUI

Enquanto o Fulham faz jogo duro e não pretende liberar facilmente o brasileiro, a Atalanta intensifica as negociações para garantir o reforço. O objetivo é repor a saída do argentino Retegui e manter o ataque competitivo na briga pelos principais títulos do Calcio.

No entanto, a equipe italiana também enfrenta turbulências no setor ofensivo. O nigeriano Lookman, herói do título inédito da Liga Europa na última temporada, demonstrou insatisfação e pediu para sair. Ele já não compareceu ao treino pela segunda vez consecutiva e tem proposta da Inter de Milão, mas a diretoria resiste em negociá-lo com rivais nacionais.

LOOKMAN PEDE PARA SAIR E PUBLICA DESABAFO NA ATALANTA

No último sábado, Lookman publicou uma mensagem à torcida, pediu desculpas pela situação e reafirmou o desejo de buscar novos ares. O atacante também apagou todas as fotos com o uniforme da Atalanta de suas redes.

Confira o manifesto de Lookman:

“Nos últimos três anos na Atalanta, dei absolutamente tudo de mim. Não apenas como jogador de futebol, mas como pessoa. Sempre vesti a camisa com orgulho e tentei representar este clube e a cidade de Bérgamo com coração, paixão e dedicação.

Vim para cá com a esperança de ajudar este clube especial a crescer e, juntos, criamos memórias que ficarão comigo para sempre. Vencer a Liga Europa e estar lado a lado com meus companheiros de equipe naquela noite em Dublin, comemorando com a nossa torcida, foi um dos momentos de maior orgulho da minha carreira até agora. Ainda me arrepio só de pensar nisso.

A Atalanta, e especialmente seus torcedores, tornaram-se parte de mim. Este lugar me fez sentir em casa desde o momento em que cheguei, e sempre tentei retribuir esse amor — mesmo nos momentos em que as coisas não foram fáceis nos bastidores.

É por isso que escrever isto é tão difícil. Adorei cada momento, mas sinto que agora, depois de três anos maravilhosos em Bérgamo, é o momento certo para seguir em frente e viver uma nova aventura. Vários clubes já se aproximaram da Atalanta no passado e eu sempre me mantive fiel. No entanto, eu e a direção do clube concordamos que agora é o momento certo, e o clube foi claro comigo: se uma oferta justa chegasse, eles me permitiriam transferir.

Apesar de agora receber uma oferta alinhada ao que acredito ter sido discutido, infelizmente o clube está bloqueando a oportunidade por razões que não entendo.

Como resultado, e depois de muitos meses de promessas quebradas e do que considero um tratamento inadequado para comigo, tanto como ser humano quanto como jogador de futebol profissional, infelizmente sinto que não tenho escolha a não ser defender o que acredito ser certo, e sinto que já chega. Posso confirmar que já entreguei um pedido formal de transferência.

Mesmo durante os momentos extremamente difíceis que passei, muitos dos quais permaneceram privados e confidenciais, sempre tentei colocar o clube, os fãs e o time em primeiro lugar e torcer para que não chegasse a esse ponto, mas infelizmente sinto que agora não há muita escolha.

Aos torcedores – o coração deste clube – quero dizer o seguinte: lamento profundamente que tenha chegado a este ponto. Espero que entendam esta situação incrivelmente difícil. Trata-se simplesmente de defender o que acredito ser justo e correto. O apoio que vocês sempre me deram foi incrível e o vínculo que criamos juntos é especial.

Espero trabalhar em conjunto com o clube para encontrar uma solução amigável para todas as partes o mais rápido possível.

Com amor e gratidão,

Ademola”.