2017: Ancelotti revela bastidores polêmicos de demissão no Bayern de Munique

Italiano abriu o jogo sobre a turbulenta saída do Bayern após derrota histórica na Champions.

Técnico expõe detalhes da saída do Bayern após derrota de 3 a 0 para o PSG de Neymar em 2017.

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Ancelotti durante apresentação no Bayern. (Foto: Divulgação/Bayern)

Munique, ALE, 24 (AFI) – O técnico Carlo Ancelotti trouxe à tona os bastidores quentes da sua saída do Bayern de Munique em 2017, após a goleada sofrida para o PSG de Neymar por 3 a 0 na Champions League. Ele descreveu o episódio como o desligamento mais intransigente de toda sua carreira em clubes de alto investimento.

Segundo o comandante, a influência dos acionistas e a descentralização do poder no clube alemão tornaram o ambiente complicado. Ancelotti destacou que, apesar de ter conquistado a Bundesliga com 15 pontos de vantagem, o feito não foi reconhecido como suficiente pelos dirigentes. Ele lembrou que já havia sido demitido de clubes como Juventus, Chelsea e Real Madrid, mas nunca de maneira tão dura quanto no Bayern.

BASTIDORES NO BAYERN DE MUNIQUE

O treinador italiano revelou que precisou responder a diversos líderes dentro do Bayern, o que dificultava identificar quem realmente dava as cartas. Ele contou que chegou a pedir a opinião de Philipp Lahm, ex-capitão do clube, sobre a situação, mas sempre buscou manter sua independência. Ancelotti relatou ainda que foi solicitado pelos dirigentes a impor mais disciplina ao elenco, recebendo até uma lista de recomendações para ler no vestiário. Optou por se distanciar da cartilha, apresentando-a abertamente aos jogadores para não se comprometer.

A saída do técnico ocorreu no dia seguinte à derrota por 3 a 0 para o PSG, em 27 de setembro de 2017. Ele admitiu que errou na estratégia ao optar por deixar jogadores experientes no banco e avançar a defesa, o que acabou expondo o time aos contra-ataques franceses. O revés foi o mais pesado do Bayern na Champions em 21 anos.

CHAMPIONS LEAGUE E PSG

Após a eliminação, a diretoria do clube alemão se reuniu e decidiu que o desempenho da equipe não atendia às expectativas para a temporada. Karl-Heinz Rummenigge, então presidente do conselho, afirmou que o confronto em PSG deixou claro que mudanças eram necessárias para o Bayern retomar o caminho das vitórias.