A Glória veste verde: Palmeiras é bicampeão!

Há muito talento e irreverência no elenco, e um mister que soube pegar na equipe e disfarçar as debilidades e extrair a qualidade

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São Paulo SP, 09 (AFI) – Dois anos depois do treinador Jorge Jesus ter dito, quando ganhou a Libertadores, que “nem daqui a 100 anos um português volta a ganhar a copa Libertadores”, o Verdão não ganhou só uma, mas duas seguidas, com Abel Ferreira, também um treinador português.

Na verdade, há alguns favoritos crônicos quando a gente fala da Libertadores: o Boca Juniors, River Plate, alguns times brasileiros, o Peñarol, o Tigres do México, enfim, a lista pode se tornar longa. O que pouca gente esperava quando Abel Ferreira chegou, no entanto, é que ele fosse lá ganhar duas vezes a maior copa no futebol americano.

Se não tem ligação ao futebol americano, existem apps que oferece estatísticas ao vivo para mais de 800 ligas e competições, pelo que pode ficar ligado e ir conhecendo o futebol magia do Brasil, o sítio onde ele é ainda puro.

Voltando ao Palmeiras, o time não foi, no entanto, campeão por coincidência. Há muito talento e irreverência no elenco, e um mister que soube pegar na equipe e disfarçar as debilidades e extrair a qualidade.

Quem é Abel?

Hoje é lenda do Palmeiras, mas começou como jogador de futebol bem novinho: do Penafiel para o Vitória de Guimarães, acabou por alcançar o seu lugar mais alto ao jogar pelo Sporting Clube de Portugal, passando ainda pelo Braga. E ainda, pela seleção nacional portuguesa. Jogando pela ala direita, nunca foi um jogador brilhante, mas sempre correto.

Com fama de retranqueiro, mas com proveito de glória, inicia seu caminho como timoneiro ao leme do SC Braga, e seu registo não podia estar mais longe de sua fama de técnico defensivo. Bateu o record de gols numa época pelo time, antes de sair para o PAOK.

Já no PAOK, qualificou o time grego para a Liga dos Campeões, deixando para trás o Sport Lisboa e Benfica de Jorge Jesus. Essa época, no entanto, foi dominada pelo rival Olympiakos, que acaba vencendo a Liga. No entanto, o PAOK se portou muito bem com Abel no comando, dado que o Olympiakos possui muito mais dinheiro e historial de vitória.

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Palmeiras é campeão da Libertadores

Abel no Verdão

A busca de um técnico jovem, ofensivo taticamente levou o Palmeiras ao encontro de Abel. E foi casamento feito no céu. O resto é história, mas fica, além dos três títulos que venceu, a forma como soube quando precisou, ser racional ou ser ofensivo, usando seu elenco ao nível máximo de sua capacidade, potenciando o jovem talento e elevando o estatuto do time que representa.

O Elenco da Glória

Tal como o símbolo do time, o elenco do Palmeiras estava bem verde quando Abel Ferreira chegou. Isso não quer dizer, no entanto, que houvesse falta de talento. Os dois Gabriel, Menino e Verón, têm 21 e 19 anos neste momento aí, e já são bicampeões da Libertadores. Patrick de Paula, médio defensivo, é outro dos grandes da equipe, que é ainda jovem também, com a mesma idade que o Gabriel Menino. Danilo, Wesley e Giovani completam o recheio de talento que Abel teve ao dispor para lapidar qual diamante.

No entanto, não há vitória sem experiência. Por isso, talvez seja injusto falar de um elenco verde, quando Abel pode contar com Gustavo Goméz, um zagueiro que transpira liderança e energia, Wéverton, goleiro internacional brasileiro, Dudu, Felipe Melo, Deyverson e Scarpa.

Olhando agora para todos estes nomes, se torna fácil compreender como o Palmeiras foi capaz de chegar ao patamar que alcançou, mas a verdade é que muito dos primeiros, os moleques, não eram mais que promessas antes de Abel chegar; agora, no entanto, são dos jogadores mais cobiçados pelos principais times europeus. Quanto aos mais experientes, faltava talvez algum acerto tático para mostrarem suas melhores qualidades.

O futuro do Palmeiras

A liderança e emoção de Abel foi o que faltava ao Palmeiras para dar o salto e aproveitar todo o talento ao seu dispor: agora, resta manter o pique e continuar com essa vontade de fazer história e trazer troféus para o museu do Palmeiras. Com ou sem Abel, o Verdão é neste momento um time que ninguém quer enfrentar. Que o futuro deixe o Palmeiras com o verde vivo que mostra agora.

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