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ARIOVALDO IZAC

Muita coisa precisa ser arrumada no Guarani após a derrota

Claudinei Oliveira escolheu o esquema errado e os reforços não justificaram presença. É preciso esperar mais três rodadas para uma avaliação mais completa.

Dos jogadores contratados, exceto alguns lampejos de Renyer, que entrou aos 17 minutos do segundo tempo, os demais nada acrescentaram

Série B - 2024
Guarani foi mal diante do Vila Nova. Foto: Roberto Corrêa - VNFC

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Campinas, SP, 22 (AFI) – Bem aquém das expectativas. Assim pode ser caracterizada esta derrota do Guarani para o Vila Nova por 2 a 0, em Goiânia, na largada de ambos no Brasileiro da Série B, na noite desta segunda-feira.

Por que aquém?

Dos jogadores contratados, exceto alguns lampejos do garoto Renyer, que entrou aos 17 minutos do segundo tempo, os demais nada acrescentaram.

Inclusive, o lateral-esquerdo Jefferson deixou impressão desfavorável, com parcela de falhas nos dois gols do adversário.

Coloque na conta do treinador bugrino Claudinei Oliveira erro de avaliação ao escalar o time com três atacantes, deixando desguarnecido o seu meio campo, com sobrecarga aos volantes Camacho e Matheus Bueno, visto que o meia Luan Dias não tem características de desarme, e nem sempre os atacantes de beirada Airton e Reinaldo fizeram a obrigatória recomposição.

VILA: TRÊS VOLANTES

Por sorte do Guarani, o treinador do Vila Nova, Márcio Fernandes, adotou cuidados defensivos na montagem da equipe com três volantes e sem um centroavante de ofício, visto que Júnior Todinho flutuava mais pelos lados do campo.

Nas três vezes que o Guarani ameaçou a meta adversária, durante o primeiro tempo, duas ficam creditadas ao acaso de bola espirrada, uma delas com finalização de Airton e intercepção do zagueiro Ruan Santos.

Posteriormente, em jogada repetida, o volante Geovane salvou chute do zagueiro bugrino Rayan, além de desvio de cabeça do atacante Reinaldo, em bola alongada pelo lateral Diogo Mateus.

Depois disso, o Guarani apenas preocupou a meta do goleiro Dênis Júnior em jogada pessoal de Renyer, aos 38 minutos do segundo tempo, exigindo pronta defesa.

VILA AMEAÇOU MAIS

A vitória do Vila Nova poderia ter sido mais robusta ainda no primeiro tempo.

Aos 25 minutos, em chute de fora da área do volante Cristiano, houve leve desvio na bola do goleiro bugrino Douglas Borges, e ela ainda explodiu no travessão.

Ainda naquele período, em outras duas chances criadas pelo Vila, uma delas foi convertida aos 30 minutos.

Em erro de saída de bola do lateral Jefferson, seu adversário João Vitor ficou com a sobra, serviu o meia Luciano Naninho, que aproveitou a hesitação do zagueiro bugrino Rayan para, em toque sutil, enganar o goleiro Douglas Borges e colocar a equipe goiana em vantagem, com bola no canto direito.

E num lance confuso, aos 46 minutos, Todinho construiu jogada pela direita, Alesson deu sequência, mas o chute fraco propiciou a defesa do goleiro do Guarani.

TODINHO LIQUIDA

Após o intervalo, praticamente só uma equipe jogou e foi o Vila Nova.

Deixaram o baixinho Alesson livre na área e, por não ter a característica de cabeceador perdeu gol feito, aos três minutos.

Todavia, o atleta se redimiu aos dez minutos, ao criar a jogada em que serviu Júnior Todinho, contando com facilidade para sair da marcação de Jefferson e chutar a bola no canto esquerdo: Vila Nova 2 a 0.

E mesmo diminuindo o ritmo e se preocupando em administrar a vantagem, o time mandante não sofreu susto.

No desespero, o treinador Claudinei Oliveira, do Guarani, terminou a partida no 4-2-4, trocando o meia Luan Dias pelo atacante saído da base Rafael Freitas, que, nervoso, perdeu quase todas jogadas.

TEMPO PARA ARRUMAR

Devido ao escasso período de preparação desta reformulada equipe bugrina, seu torcedor precisa ter compreensão e aguardar outras três rodadas para avaliação mais criteriosa do que se esperar para o restante da temporada.

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