Pista de atletismo nos Jogos Olímpicos será roxa e projetada com foco em quebra de recordes

Além da cor diferente, a pista de atletismo é mais sustentável.

O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, Alessandro Piceli, falou sobre o trabalho além da estética

pista atletismo

São Paulo, SP , 09 (AFI) – Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris-2024 prometem ser inovadores em vários aspectos. É a primeira edição em que a abertura do torneio não ocorrerá em um estádio, e, sim, no Rio Sena, além da novidade de incluir breaking dance e canoagem slalom extremo entre as modalidades. Outra mudança recém-anunciada é na pista de atletismo, que deixará de ser da cor vermelha ou azul.

A pista foi desenvolvida pela companhia italiana Mondo, tem 21 mil metros quadrados e vai ter três cores: dois tons de roxo e a cor cinza na parte externa, a pedido do Comitê Organizador de Paris-2024. As cores diferenciadas devem facilitar a visualização do público durante as provas, e a inovação será instalada no Stade de France para a disputa de 46 modalidades de atletismo na Olimpíada e Paralimpíada.

A empresa de Alba, na Itália, já desenvolveu pistas de atletismo em diversos eventos esportivos, e é uma das parceiras da World Athletics desde 1987. A companhia também atuou nos Jogos de Londres-2012 e no Jogos de Tóquio, disputados em 2021, e um dos projetos mais recentes foi a pista do Campeonato Mundial de Atletismo de Glasgow.

Segundo a Mondo, 300 recordes mundiais já foram quebrados nas pistas projetadas pela empresa, e a expectativa é ainda maior para Paris.

“Medimos a qualidade do nosso trabalho a partir dos recordes pessoais dos atletas”, disse o vice-presidente esportivo da companhia, Maurizio Stroppiana, ao portal Olympics.

A pista de atletismo foi produzida com apoio da Universidade Politécnica de Milão, e foram aplicadas técnicas de engenharia, física e química para elevar a performance dos esportistas. Houve mudança na camada inferior em relação à composição usada em Tóquio para reduzir a perda de energia dos atletas.

O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, Alessandro Piceli, falou sobre o trabalho além da estética. “Nosso modelo matemático nos permite realizar inúmeras simulações da forma geométrica do material das camadas inferiores, criando a cavidade ideal para melhorar o desenvolvimento esportivo”, disse Piceli.

Além da cor diferente, a pista de atletismo é mais sustentável. A empresa já havia utilizado materiais menos agressivos ao meio-ambiente em Londres-2012 e focou em aplicar os esforços para Paris. “Passamos de 35% de materiais renováveis e não-fósseis em Londres para mais de 50% em Paris. De 2012 até agora, reduzimos nosso impacto ambiental e estamos trabalhando para reduzir ainda mais”, afirmou o diretor de inovação e sustentabilidade, Giorgio Lesage.