RUMO A DOHA, por Vicente Datolli

Mês de junho sem clima de Copa do Mundo no país, e amistosos pouco acrescentam

A realização da Copa do Mundo em novembro, adia o clima da competição no Brasil

bruno guimaraes na selecao
Seleção Brasileira treina em Seul (Foto: Divulgação/ CBF)

Campinas, SP, 31 (AFI) – Nesta semana, o jornalista Vicente Dattoli traz em sua coluna no Portal Futebol Interior, uma avaliativa sobre o clima de Copa do Mundo e os amistosos da seleção brasileira diante de Coreia do Sul e Japão. 

bruno guimaraes na selecao
Seleção Brasileira treina em Seul (Foto: Divulgação/ CBF)

E chegamos a junho. Em um ano de Copa do Mundo, estaríamos contando os dias para a estreia da seleção brasileira. Talvez pintando ruas, mobilizando vizinhos para colocar bandeirinhas nos postes. Mas, espera aí… Este é ano de Copa do Mundo. Só que os movimentos citados ainda não acontecem – e por uma razão muito simples: neste 2022, o Mundial vai ser em novembro e dezembro. Resta-nos esperar.

Enquanto esperamos, temos as chamadas datas Fifa, aquelas que sempre provocam discussão se o Brasileiro deve parar ou não; que fazem os divulgadores de informação (jornalistas, jamais) dizerem que só no Brasil isso acontece (mentira e meia-verdade)…

Para o Brasil, teremos dois jogos: Japão e Coreia do Sul, ambos lá do outro lado do mundo. Acordem cedo se quiserem ver o time de Tite em campo. Até agora, pudemos ver nossos craques passeando por Seul (primeira parada), andando em montanhas-russas, uns poucos treinos (com verdadeira invasão de jornalistas locais) e ponto final. Ah… Também vivemos a expectativa da chegada daqueles que participaram da final da Champions League.

Tecnicamente falando, com sinceridade, são dois amistosos que muito pouco acrescentarão aos preparativos da seleção brasileira. Japoneses e sul-coreanos estão, digamos com gentileza, na terceira ou quarta prateleira do futebol mundial. Não podemos dizer que estejam no nível do Brasil e possam provocar grandes riscos – e me minha língua não queime com algum vexame dos jogadores que vestirão a amarelinha.

Teríamos uma terceira partida, essa sim um bom teste, mas o adversário recusou, de última hora. Falo, claro, do jogo contra a Argentina, que chegou a ser marcado e anunciado até que os hermanos decidiram cancelar, de acordo com informações, “por estarem irritados com a questão do jogo das eliminatórias que precisarão realizar de acordo com a determinação da Fifa”.

A Argentina, que estará na Copa do Mundo, e que como o Brasil chegará a Doha na relação dos possíveis candidatos ao título, tem, nesta quarta-feira, um jogaço para realizar. Falo da “Finalíssima”, jogo único, realizado em Wembley, reunindo a campeã da Eurocopa de 2020 (Itália) e o campeão da Copa América de 2021 (Argentina). É ou não é um jogaço? E pensar que o Brasil poderia ser o rival da Itália, não tivesse permitido que Messi e amigos desfilassem pelo Maracanã faturando o torneio continental da América do Sul…

Os argentinos, já tendo que enfrentar a Azzurra, claro, não se mostraram dispostos a enfrentar, na mesma leva, o Brasil. Claro que, se vencessem os dois jogos, dariam mostras ao mundo que estão prontinhos para levantar o caneco em dezembro. Mas… E se perdessem? Malandros, milongueiros, preferiram deixar o jogo contra o Brasil para quando a Fifa bater o martelo.

Enquanto isso, vivemos, todos, as expectativas destas que são as penúltimas datas-Fifa. Teremos outras em setembro, e aí não haverá mais o que fazer a não ser torcer, muito. 

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