Comentar sobre o jogo em que o Guarani perdeu em casa para o Londrina por 2 a 1? Não. Não o assisti. Afinal, onde pega a TV Interativa do Nordeste, anunciada para transmitir o evento?

Por isso deixo esta atribuição pra você que esteve no Estádio Brinco de Ouro na noite desta segunda-feira.

Convenhamos que está ‘brabo’ este início de participação do Bugre na Série C. Como está!

Cabe lamentar o tumulto provocado por torcedores nas imediações do vestiário bugrino ao final da partida, e refletir sobre afirmações e contradições do treinador Ademir Fonseca, cuja cabeça parecia um trevo.

Já prevendo espetadas dos repórteres na entrevista coletiva, Fonseca contra-atacou valorizando a atuação do goleiro Vitor, do Londrina.

“Esbarramos num goleiro que praticou defesas em três lances capitais”.

Estrategicamente Fonseca procurou se eximir de culpa pelo insucesso ao informar que o seu time treinou bola parada defensiva e ofensivamente. A rigor, o segundo gol do Londrina saiu de bola alçada contra a área bugrina e Dirceu cabeceou.

No transcorrer da entrevista Fonseca deu providencial recuada e caiu na real.

“A gente tem que melhor. E melhorar muito!”

ACESSO

E a frase foi completada com a dúvida característica do futebol do Guarani nos últimos tempos.

“A gente vai brigar. E quem sabe pelo acesso”.

De certo esse ‘quem sabe’ não soou bem no ouvido do bugrino, mas reflete a mais pura realidade.

A justificativa de Fonseca é coerente.

“Trazer jogador para o Guarani é muito difícil pelas dificuldades que o clube atravessa”.

Se Fonseca havia voltado ao planeta Terra após uma passeadinha em Marte, eis que preferiu concluir a entrevista novamente em órbita terrestre. Vejam as obviedades e pérolas:

“Tomamos um gol muito cedo e outro muito tarde”

“Que o juiz inverteu faltas, isso foi. E na maioria das vezes contra a gente”.

“O Watson saiu porque estava cansado. Quando dava pique já não conseguia voltar”.