São Paulo, SP, 02 (AFI) – Clube brasileiro com mais títulos da Libertadores (3), com mais vices (3) e com mais participações (18), o São Paulo ostenta estatísticas impressionantes. Os números, frios, de nada adiantaram caso o desconhecido Universidade César Vallejo-PER se torne um novo Tolima-COL. Para evitar um vexame parecido com o do rival Corinthians, em 2010, o Tricolor inicia a caminhada mais uma vez no torneio continental nesta quarta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), no Estádio Mansiche, em Trujillo (Peru), na rodada de ida da Pré-Libertadores.

Esta será apenas a segunda vez na história que o Sampa disputa esta primeira fase da Libertadores, desde que a mesma foi acrescentada ao regulamento do torneio em 2005. Na temporada 2013, o Tricolor garantiu vaga pelo título da Sul-Americana no ano anterior. Com isso, foi obrigado a disputar a Pré-Libertadores contra o Bolívar-BOL. E a vaga veio com tranquilidade por conta da goleada por 5 a 0, no Brasil. Na volta, os bolivianos venceram por 4 a 3, na altitude de La Paz.

A partida de volta está marcada para a próxima quarta-feira (Quarta de Cinzas), também às 21h45, no Pacaembu, uma vez que o gramado do Morumbi passa por reformas. O vencedor deste confronto entrará no Grupo 1 da Libertadores, que tem como cabeça-de-chave o atual campeão River Plate-ARG. Os demais integrantes são mais modestos: The Strongest-BOL e Trujillanos-VEN.

MUITAS NOVIDADES, MAS…
O técnico écnico Edgardo Bauza definiu a lista dos jogadores do São Paulo que vão enfrentar o César Vallejo com muitas novidades. Nesta primeira relação, o regulamento permite inscrever 25 atletas. Se avançar para a etapa de grupos, o clube poderá colocar mais cinco, com numeração fixa de 26 a 30.

Os recém-contratados Diego Lugano, Mena, Kieza e Calleri estão inscritos. Além deles, o lateral-direito Mateus Caramelo, que voltou de empréstimo da Chapecoense, também está regularizado e à disposição de Bauza. Apresentado esta semana, Calleri tratou de se inspirar em ídolos do passado recente tricolor, como Amoroso e Luizão, que em 2005 também assinaram contratos curtos.

“Com o time que tem é possível chegar até as finais com o São Paulo. Minha decisão é porque queria jogar e gostei do clube. Sei que no Brasil o futebol é muito visto”, disse Calleri, que terá vínculo de seis meses e promete estender por um ano, caso o time chegue ao Mundial de Clubes da Fifa.

Apesar das inúmeras caras novas, Bauza não promete mexer na base que estreou no Paulistão. A tendência é de que o mesmo time que empatou com o Red Bull Brasil, por 1 a 1, no sábado, comece jogando. Com isso, somente o chileno Mena será titular dos quatro novos contratados.

AZARÃO PERUANO
O César Vallejo entra na disputa como grande azarão. Se os números são-paulinos impressionam, os dos peruanos são bem modestos. Esta será apenas a segunda participação do clube na Libertadores. Na primeira, acabou eliminado justamente nesta fase, pelo Tolima. Além disso, disputou três vezes a Sul-Americana e tem como principal título a Copa Peru de 2003.

O técnico Franco Navarro, que até hoje só treinou clubes do próprio país, tem peças modestas. Os principais reforços são os atacantes Luis Perea, que já atuou no futebol colombiano e no Brasil defendeu o Criciúma, e Victor Rossel, que só jogou no Peru, além de uma passagem pelo Brasil de Pelotas-RS.

A tendência é de que o treinador aposte em um time mais conservador e fechado na defesa. Para tanto, ele deve apostar na base que carrega desde o ano passado. Os principais remanescentes são o o goleiro e capitão Salomón Libman, o zagueiro Luis Cardoza, o volante Rinaldo Cruzado e o meia Donald Millán.