Mogi Mirim, SP, 17 – Desde maio deste ano, o ônibus do Mogi Mirim, usado para o transporte de atletas profissionais, virou pauta. Após a alegação de que estaria quebrado, em Osasco,o ônibus foi visto em Guarulhos com uma placa de vende-se. Nesta semana, ele foi visto na Rodovia dos Bandeirantes, sentido interior, próximo a uma unidade do Lago Azul. Já nesta quarta-feira (16), foi a vez do ex-assessor de imprensa do clube e atual vereador na cidade, Geraldo Bertanha, encontrar o ônibus.

Com a informação de que o veículo ainda estava estacionado no local, Bertranha atestou que o ônibus estava mesmo no local e conversou com um frentista que trabalha no Posto Ipiranga da Bandeirantes, em trecho próximo a Jundiaí e Louveira. O Jornal Grande Jogada teve acesso ao vídeo no qual o funcionário do posto revela as informações ao vereador.

“O ônibus está há umas duas semanas parado aqui. Ele teve um problema e o pessoal saiu, deixou aí e foram embora. Abandonaram e está nesta situação”. O veículo estava aberto e o frentista disse que tem olhado o veículo para ninguém entrar e sacanear. “O que tinha eles levaram, só deixaram o ônibus, a carcaça”, completou.

MOEDA DE TROCA
O ônibus do Mogi Mirim chegou a ser cogitado como uma oportunidade para que a diretoria arrecadasse dinheiro em meio à crise administrativa que vive o clube nos últimos anos. Segundo alguns jogadores, o presidente Luiz Henrique de Oliveira chegou a falar ao grupo que a venda do ônibus resultaria em verba para pagamento dos salários atrasados. Porém, como o clube possui inúmeras ações trabalhistas, os bens são alvo da Justiça do Trabalho e a venda do ônibus não foi realizada.

Sem sucesso na venda do ônibus para quitar os vencimentos, Oliveira viu os jogadores se recusarem a irem a campo no último sábado, em duelo com o Ypiranga, e o time perdeu por W.O. Assim, desde o início dessa semana, o mandatário foi tomado pelo temor de um segundo W.O, que eliminaria o time da competição.

Depois de uma série de polêmicas, o presidente conseguiu um empréstimo junto a Federação Paulista de Futebol (FPF) para acertar ao menos um mês de salários. O valor cedido não foi divulgado, mas especula-se que gira em torno de R$ 350 mil.