Com respaldo da Fenapaf, Safern denuncia irregularidades em times potiguares

Clubes do Rio Grande do Norte negligenciam muitos fatores relacionados às condições de trabalho e atendimento médico aos atletas

Clubes do Rio Grande do Norte negligenciam muitos fatores relacionados às condições de trabalho e atendimento médico aos atletas

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Natal, RN, 01 (AFI) – Distante dos grandes centros do futebol, jogadores enfrentam condições de trabalho que estão longe do ideal no Rio Grande do Norte. Vítimas de uma série de irregularidades trabalhistas, lidam diariamente com situações que podem colocar suas vidas em risco.

Uma reportagem veiculada na SBT, com o auxílio do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do Rio Grande do Norte (Safern), mostra a realidade dos atletas no futebol potiguar. Em muitos clubes, não são disponibilizados médicos e equipamentos indispensáveis à segurança.

“É obrigação dos clubes garantir a segurança dos atletas durante o exercício da profissão. São atletas de alto rendimento e o futebol é um esporte que exige esforço intenso e de resultado. Sem um médico para acompanhá-los no dia-dia e nos jogos, há risco iminente de vida”, afirma Felipe Augusto Leite, presidente do sindicato local e também da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol – FENAPAF.

Felipe Augusto promete fiscalização nos clubes potiguares. (Foto: FENAPAF)

Felipe Augusto promete fiscalização nos clubes potiguares. (Foto: FENAPAF)

Segundo o Sindicato, apenas ABC e América oferecem melhores condições de trabalho. Enquanto isso, outros clubes já sentiram consequências da negligência. Em 2013, quando atuava pelo Potiguar de Mossoró-RN, Neto Maranhão) sofreu uma parada cardiorrespiratória durante um treinamento e veio ao óbito. Para que casos como este não repitam-se, Felipe Augusto garante que a Federação dos Atletas está atenta.

“Inaceitável o que vimos em alguns clubes pelo Brasil que insistem em afrontar o direito ao trabalho sadio e digno. Péssimos exemplos não podem continuar e as instituições responsáveis pelo futebol brasileiro precisam contribuir com a FENAPAF nesta cobrança de profissionalismo, concluiu Felipe.