Paulista A2: No fio da navalha, Fernando Marchiori supera desconfiança com taça

O comandante foi a aposta andreense e viu a equipe oscilar, mas crescer no momento certo rumo ao pentacampeonato

O comandante foi a aposta andreense e viu a equipe oscilar, mas crescer no momento certo rumo ao pentacampeonato

0002050385192 img

Santo André, SP, 01 (AFI) – No fio da navalha. Assim foi o desempenho do Santo André ao longo do Paulista A2 comandado por alguém que também não recebia toda confiança antes do início da disputa. Com sucesso no centro-oeste do Brasil, Fernando Marchiori foi a aposta andreense e viu a equipe oscilar, mas crescer no momento certo rumo ao pentacampeonato da equipe do ABC na Série A2 estadual.

Campeão da Copa Verde com o Cuiabá diante do então favorito Paysandu em 2015, o treinador entende a desconfiança inicial com seu trabalho.

“Na vida temos que passar por etapas. Já tinha conquistado muita coisa no Mato Grosso com Luverdense e Cuiabá, mas pouca gente sabe disso. Por ser o meu primeiro trabalho num centro como São Paulo, não tem como fugir disso”, afirmou Marchiori.

 No fio da navalha, Fernando Marchiori supera desconfiança com taça da A2

No fio da navalha, Fernando Marchiori supera desconfiança com taça da A2

Segundo o próprio treinador, seu grupo de jogadores vivia algo parecido.

“Tem muita gente boa por aí que precisa de oportunidade, assim como o grupo de atletas que a gente conseguiu montar de uma forma maravilhosa. Falo para eles que também foram maioria apostas, pois eram meninos da base e muitos outros que jogavam em outros estados e não tinham essa oportunidade de ter essa visibilidade”, comparou. “Agradeço a eles a oportunidade”, completou em referência à diretoria andreense.

FIO DA NAVALHA
Sem vencer entre a sétima e a 13ª rodada da competição na primeira fase, o Santo André vivi situação inusitada há duas rodadas do fim.

“Na partida contra o Juventus. Sabíamos que se não ganhássemos brigaríamos contra o rebaixamento e se ganhássemos jogaríamos em casa com a Portuguesa dependendo da gente para classificar e entrar nessa briga”, disse sobre o jogo vencido por 1 a 0 em plena Rua Javari. “Foi o divisor de águas, a equipe se uniu, fez uma grande partida e só fomos crescendo, repetindo o time e dando liga na reta final”, comemorou.

A oscilação da equipe, porém, não foi surpresa para Fernando Marchiori.

“Sabíamos que o nosso começo não seria legal, que seria no fio da navalha, pois nos apresentamos no dia 1º de dezembro com atletas de oito meses, seis, cinco meses parados. Sabia que corria um risco numa competição muito equilibrada. O tempo de preparação foi muito curto, tivemos problemas de lesão por que teve que acelerar processo e uma série de coisas que dificultou, mas sabíamos que a hora que este time ganhasse corpo e conjunto, as coisas iam acontecer”, disse. “E foi na hora certa”, concluiu aliviado.

Raoni David, especial para FPF