Campinas, SP, 29 (AFI) – A Ponte Preta voltou a enfrentar desdobramentos judiciais relacionados à sua situação financeira em 2025. O goleiro Matheus Kayser e o preparador físico Leonardo Cupertino ingressaram com ações trabalhistas contra o clube no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, cobrando valores que, somados, se aproximam de R$ 1 milhão.

Contratado em março, Matheus Kayser deixou o clube sem ter atuado em partidas oficiais. Terceira opção para a posição ao longo da temporada, o goleiro pede na Justiça o pagamento de verbas trabalhistas que, segundo a ação, não foram quitadas, além de indenização por danos morais decorrentes dos atrasos salariais enfrentados durante o período em que esteve no Majestoso.

Já Leonardo Cupertino integrava a comissão técnica alvinegra desde o fim de 2024, quando assumiu a preparação física da equipe. Em sua ação, o profissional reivindica valores referentes a salários em atraso, premiações e outros encargos trabalhistas, além de compensação por danos morais. Após o término da Série C, Cupertino deixou a Ponte e acertou com o Paysandu.

Os processos se somam a uma lista crescente de ações movidas por atletas e profissionais que passaram pelo clube ao longo de 2025. Jogadores como Maguinho, Jean Dias, Nilson Júnior, Everton Brito, Wanderson, Lucas Cândido, Jhonny Lucas e o preparador Gustavo Vintecinco também recorreram à Justiça diante das pendências financeiras.

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Em alguns desses casos, a Justiça concedeu a rescisão contratual, liberando os atletas em razão do não cumprimento das obrigações trabalhistas. A situação levou o elenco a se manifestar publicamente no fim de dezembro, informando que os atrasos, em determinados vínculos, já ultrapassavam meio ano.

Na semana do Natal, a diretoria efetuou o pagamento correspondente a um mês de salário atrasado para parte do elenco profissional. Funcionários administrativos, integrantes da comissão técnica e membros do departamento de futebol, no entanto, ainda aguardam a regularização de débitos que incluem salários de meses anteriores e o pagamento do 13º.

Mesmo diante do cenário de incertezas, a Ponte Preta mantém o planejamento de retomada das atividades. A reapresentação da comissão técnica e do departamento de futebol está prevista para o dia 2 de janeiro, data que também era considerada pelo elenco como limite para aguardar novos depósitos.

A indefinição financeira já impacta diretamente o elenco. Desde o encerramento da temporada, o clube registrou seis saídas, com a perda de atletas de diferentes setores do campo durante o período de pré-temporada.