Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 26 (AFI) – Clubes de futebol ignoraram o real planejamentos financeiros ao adotarem política de salários astronômicos para jogadores e treinadores.

É inconcebível clubes de Série B do Brasileiro bancarem mensalidade em torno de R$ 120 mil a R$ 150 mil. Convenhamos que isso é incompatível de acordo com receitas levantadas em cotas da Federação Paulista de Futebol, CBF, televisão, publicidade e receitas de bilheterias, que acrescentam muito pouco.

VENDAS COMPENSATÓRIAS

Quem consegue receitas compensatórias com vendas de direitos econômicos de atletas ainda dá uma ‘respirada’, enquanto os demais enfrentam o difícil desafio da sobrevivência.

Nos clubes de primeiro pelotão do futebol brasileiro, a situação fugiu totalmente do controle.

GABIGOL NÃO VALE O QUE GANHA

Aonde o centroavante Gabigol tem bola para ganhar mais de R$ 2 milhões por mês?

O que tem de boleiros na faixa salarial de aproximadamente R$ 1 milhão não está no gibi.

Treinadores também estão ganhando um absurdo, embora reconheça-se a importância de alguns deles pelos arranjos de estruturação tática nos clubes, diferente de outras épocas com prevalecimento da técnica dos atletas.

Esse é um caminho aparentemente sem volta, o que pode levar alguns clubes à insolvência.

Quem é agraciado com receitas graúdas de premiação, em relevantes competições como Libertadores, Copa do Brasil e reta de chegada do Brasileirão, ainda têm receitas recomendáveis.

E os demais?

CATEGORIAS DE BASE

Um caminho alternativo seria competência nas categorias de base.

Problema é que não se revela atletas qualificados na quantidade de décadas passadas, por motivos diversos.

O desinteresse da garotada para praticar a modalidade está entre os principais motivos, mas convenhamos que, com uma bela garimpagem, ainda seria possível descobertas satisfatórias.