ESPECIAL PONTE PRETA: Um título brasileiro para chamar de seu!
Não se trata apenas de uma taça de divisão de acesso, é muito mais que isso para o sofrido Pontepretano, que nunca mediu sua paixão por conquistas
Com a conquista da Série C, a Ponte Preta venceu seu primeiro título nacional em seus 125 anos.
Campinas, SP, 19 (AFI) – A temporada de 2025 com certeza ficará marcada para sempre na história do pontepretano. Com a conquista da Série C, a Ponte Preta venceu seu primeiro título nacional em seus 125 anos.
Após garantir a taça diante do Londrina em vitória no Majestoso por 2 a 0, a Macaca já planeja o ano de 2026. Mas antes, o Portal Futebol Interior tratou de relembrar todo o caminho da Alvinegra no ano, até a tão sonhada taça. Confira:
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CAMPEONATO PAULISTA

Em 2025, a Ponte disputou Campeonato Paulista, Copa do Brasil e a Série C Campeonato Brasileiro, respectivamente. No Paulistão, por mais que o clube não tenha se classificado para as Quartas de Final, a campanha na primeira fase foi digna disso. No total, foram 12 jogos, com seis vitórias, quatro empates, e apenas duas derrotas, todas em casa.
Melhor visitante do Estadual, a Ponte Preta terminou a primeira fase com a quarta melhor campanha geral – 22 pontos, mas caiu no grupo de São Bernardo e Palmeiras – segundo e terceiro com 23, o que deixou a equipe campineira fora do paulistão.
COPA DO BRASIL
Na Copa do Brasil, a Ponte Preta caiu logo na primeira fase, perdendo para o Concórdia por 2 a 1, e frustrando as expectativas de torcida e diretoria.
CAMINHO ATÉ A TAÇA

A Macaca foi bem no campeonato desde o começo, e a torcida acompanhou a onda. Porém, no final da primeira fase, o elenco passou por um momento conturbado. Com atrasos no pagamento de salários aos jogadores, o pontepretano perdeu o técnico Alberto Valentim para o América-MG, além de titulares da equipe como Emerson, Maguinho e Jean Dias.
MACACA RESISTIU

Com isso, o torcedor entrou em ação. As torcidas organizadas da Ponte Preta se uniram e organizaram uma vaquinha de premiação para todo o elenco em caso de acesso à Série B. E deu certo.
Com a saída da Valentim, a Ponte Preta contratou o técnico Marcelo Fernandes para a reta final da Sére C. Antes de sua estreia contra o Itabaiana, as torcidas organizadas decidiram novamente se unir em prol da instituição, criando a Torcida Ponte Forte.
APOIO INCONDICIONAL
A ideia foi juntar todas as organizadas para os jogos no Majestoso, cantando todos em uma só voz. Depois disso, a Macaca não perdeu mais nenhum jogo em seus domínios, com cinco vitórias e um empate até a decisão. Coincidência? Parece que não.
No quadrangular decisivo da Série C, não foi diferente. Logo no primeiro jogo, em um dérbi contra o maior rival Guarani, mesmo sem poder estar presente no estádio, o torcedor deu seu jeito de apoiar a equipe.
RUAS DE FOGO

A torcida marcou presença no hotel antes da saída dos jogadores ao estádio Brinco de Ouro, e empurrou o time a um importantíssimo triunfo.
Depois da vitória no clássico, o torcedor teve mais uma ótima iniciativa. Como de praxe em jogos decisivos, os pontepretanos organizaram “Ruas de Fogo”, para recepcionar o ônibus na chegada dos atletas ao estádio. Foi assim contra Brusque, Náutico e em mais um dérbi contra o maior rival, em que a Ponte venceu e garantiu vaga na grande final da Série C.
Na decisão, a torcida esgotou os ingressos destinados à ela no jogo de ida em Londrina, empurrando o time rumo a um empate importantíssimo.
Na volta, não foi diferente. A “macacada” ocupou todo o seu espaço destinado, e pôde finalmente fazer a festa em sua casa, no Majestoso.
PONTE PRETA CAMPEÃ DA SÉRIE C

A Ponte Preta fez uma campanha praticamente impecável do começo ao fim. Apesar de ter perdido a liderança da primeira fase já na reta final para o Caxias, a Macaca não teve sustos e ficou boa parte dos 19 jogos dentro do G8.
Ao todo, foram 11 vitórias, três empates e cinco derrotas durante a primeira fase, somando 36 pontos. Um a menos que o Caxias, que fez 37, mas posteriormente foi eliminado no quadrangular final.
A TORCIDA QUE TEM UM TIME

Não se trata apenas de uma taça de divisão de acesso, é muito mais que isso para o sofrido Pontepretano, que nunca mediu sua paixão por conquistas, mas sim pelo amor incondicional à camisa Alvinegra.
Em mais de um século de existência, a Macaca já havia levantado troféus estaduais, como os Campeonatos Paulistas da Série A2 de 1969 e 2023. Porém, este título tem um gosto especial para sua imensa torcida. Além de tirar um peso das costas, finalmente a Ponte Preta tem um troféu de Campeonato Brasileiro para chamar de seu.

Hoje, o torcedor pontepretano tem, enfim, um título para chamar de seu. Mais do que isso: acordou em êxtase — e talvez muitos ainda nem tenham caído na real. Agora, ele pertence a um time campeão, que ousou sonhar e se tornou eterno. A Ponte Preta foi campeã nacional nos braços do povo, como teria que ser.
A média de público de mais de 8 mil pessoas em uma terceira divisão nacional, impressiona. Nem em anos de Série B (2018-2024), e até nas últimas temporadas de Série A (2015-2017), a Ponte colocou tanta gente no Moisés Lucarelli. A frase “Nas boas te quero, nas ruins te amo”, nunca fez tanto sentido. São nos momentos mais complicados, que a “macacada” ressurge.
A festa começou antes mesmo do fim da partida. Com o título encaminhado, fogos foram disparados e o grito de “é campeã” ecoou por todo o estádio. No meio da comemoração, muitos torcedores aproveitaram para registrar lembranças do feito histórico — pedaços da rede, da grama e até partes do alambrado viraram recordações da noite em que a Ponte encerrou um jejum secular.
DOMÍNIO NOS DÉRBIS

No quadrangular final, com Marcelo Fernandes, a Macaca engatou a maior série de vitórias nesta Série C. Nos seis primeiros jogos com Marcelo no comando, seis vitórias, sendo três na primeira fase – Itabaiana, CSA, Londrina – e três no quadrangular final – Guarani, Brusque e Náutico. Ao todo, somando o empate por 1 a 1 com o Náutico na rodada seguinte, foram sete jogos invictos.

A Ponte Preta também conquistou o destaque absoluto em 2025 no quesito Dérbis. Em uma temporada histórica, marcada pelo inédito duelo entre os rivais na Série C, a Macaca dominou os clássicos: venceu três das quatro partidas e empatou a outra. A equipe somou 10 dos 12 pontos possíveis nos dérbis, alcançando um aproveitamento de 83%.
NÚMEROS GERAIS

Após empatar sem gols o jogo de ida da final da Série C, e vencer a partida de volta no Majestoso por 2 a 0 sobre o Londrina, a Ponte Preta garantiu seu primeiro título nacional da história.
Com o fim da temporada, os números gerais de 2025 ficaram assim:
- 40 jogos;
- 22 vitórias;
- 9 empates;
- 9 derrotas;
- 42 gols pró;
- 29 gols sofridos;
- 66,25% de aproveitamento.





































































































































