Campinas, SP, 24 (AFI) – A Série D do Campeonato Brasileiro de 2025 encerrou sua 17ª edição com 64 clubes na disputa e confirmou, mais uma vez, o papel da competição como principal porta de entrada para novos protagonistas no cenário nacional. Em uma temporada marcada por bom público, confrontos equilibrados e campanhas consistentes no mata-mata, o Barra-SC conquistou o primeiro título nacional de sua história e garantiu, ao lado de Santa Cruz, Inter de Limeira e Maranhão, o acesso à Série C de 2026.

O título ficou com o Barra, que mostrou solidez na fase decisiva. Na final, a equipe catarinense venceu o Santa Cruz por 2 a 1 no jogo de ida, na Arena de Pernambuco, e administrou a vantagem com um empate sem gols na partida de volta, em Itajaí. A campanha coroou um trabalho consistente ao longo do mata-mata e colocou o clube, pela primeira vez, no cenário nacional de forma definitiva.

Apesar do vice-campeonato, o Santa Cruz teve papel central na edição. Além de chegar à decisão e garantir o acesso, o clube pernambucano, que tinha Thiago Galhardo no elenco, foi o grande responsável pelo salto de público da competição, registrando média superior a 26 mil torcedores por partida. A Série D de 2025 terminou com a melhor média de público desde 2021, revertendo a queda registrada na temporada anterior e reforçando a força do torneio quando há mobilização local.

OS TIMES PAULISTAS

Entre os clubes paulistas, a Inter de Limeira foi quem conseguiu transformar regularidade em resultado esportivo. A equipe liderou o Grupo A7 na primeira fase, com 30 pontos, nove vitórias em 14 jogos e a melhor defesa da chave, sofrendo apenas sete gols. No mata-mata, passou pelo Marcílio Dias na segunda fase, eliminou o Ceilândia na terceira e confirmou o acesso ao superar o Rio Branco-ES nas quartas de final. A campanha terminou na semifinal, diante do Barra-SC, que avançou à decisão e posteriormente ficaria com o título.

A Portuguesa também teve bom desempenho na fase de grupos. Líder do Grupo A6, com 30 pontos, a Lusa mostrou consistência ao longo da primeira etapa, mas acabou eliminada ainda na segunda fase do mata-mata, ao cair diante do Mixto, em confronto equilibrado decidido nos detalhes. O resultado frustrou a expectativa de um avanço maior.

O Água Santa foi outro representante paulista que chegou ao mata-mata. Terceiro colocado no Grupo A6, o time de Diadema avançou à fase eliminatória, mas acabou eliminado na segunda fase pelo Ceilândia. Ainda assim, a campanha foi considerada dentro do esperado.

Já o Monte Azul caiu na fase de grupos, enquanto clubes como Cianorte, FC Cascavel e Goiatuba — que cruzaram caminhos com equipes paulistas ao longo do torneio — avançaram no mata-mata, evidenciando o alto grau de competitividade da Série D. No balanço geral, os times do estado mostraram presença relevante, mas apenas a Inter de Limeira conseguiu sustentar desempenho alto até a conquista do acesso.

Fora do eixo paulista, o Maranhão foi outro clube a confirmar o acesso ao chegar à semifinal. A equipe eliminou adversários tradicionais ao longo do mata-mata e caiu apenas diante do Santa Cruz, que, apesar do vice-campeonato, foi o grande destaque fora de campo, registrando a maior média de público da competição. O Barra-SC completou a lista dos acessos ao vencer a final e conquistar o primeiro título nacional de sua história.