ESPECIAL SÉRIE B: Tri do Coritiba e acesso histórico do Remo
Ao longo das 38 rodadas, a segunda divisão do Campeonato Brasileiro confirmou seu perfil competitivo e imprevisível
A Série B 2025 reforçou sua reputação como um dos campeonatos mais difíceis do calendário nacional.
Campinas, SP, 16 (AFI) – A Série B do Campeonato Brasileiro 2025 teve uma disputa intensa, marcada pela predominância de clubes tradicionais, viradas na tabela e definições emocionantes nas últimas rodadas. Ao longo das 38 rodadas, a segunda divisão do Campeonato Brasileiro confirmou seu perfil competitivo e imprevisível.
O Coritiba terminou como campeão, enquanto Athletico-PR, Chapecoense e Remo garantiram as outras vagas de acesso à Série A de 2026. Na parte debaixo, Ferroviária, Amazonas, Volta Redonda e Paysandu foram rebaixados para a Série C.
Equilíbrio desde o início
A Série B começou com 20 clubes em 4 de abril, incluindo os times que haviam acabado de ser rebaixados da Série A (Athletico-PR, Criciúma, Atlético-GO e Cuiabá) e equipes promovidas da Série C.
Sem um favorito absoluto no início, o torneio premiou regularidade, planejamento e capacidade de suportar a pressão rodada após rodada.
Nas primeiras rodadas, o campeonato mostrou alto equilíbrio, com jogos decididos por detalhes, poucos placares elásticos e uma disputa acirrada no meio da tabela. Clubes como Novorizontino, Goiás e Avaí se mantiveram regularmente na briga por posições de destaque, sem que nenhum time rompesse de forma definitiva nos primeiros meses.
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Coritiba: campanha sólida rumo ao título

O Coritiba teve a campanha mais regular da competição e terminou na liderança com 68 pontos, fruto de 19 vitórias, 11 empates e 8 derrotas, além de uma defesa consistente ao longo das 38 rodadas. O Coxa aproveitou bem partidas em casa e manteve presença constante no topo da tabela desde a metade da competição.
Um dos aspectos mais curiosos da trajetória campeã está justamente nos números: o Coritiba terminou a Série B apenas com o 16º melhor ataque, somando 39 gols — marca idêntica à do Atlético-GO. Se o setor ofensivo não brilhou, a defesa compensou com sobras: foram apenas 23 gols sofridos, desempenho que garantiu ao Coxa o posto de melhor sistema defensivo entre os 20 participantes da Segunda Divisão.

Com números peculiares, regularidade e um sistema defensivo sólido, o Coxa escreveu mais um capítulo importante em sua história, consolidando-se como o primeiro tricampeão da Série B. Os outros títulos foram em 2007 e 2010, garantindo uma taça nacional para o time paranaense após 15 anos.
Mas não pense que foi fácil. Após deixar a definição do título para a última rodada ao empatar com o Athletic-MG em casa, o time paranaense foi até o Carlos Zamith para encarar o Amazonas e superou o time manauara por 2 a 1, soltando o grito de “É Campeão” com emoção até o fim.
Acessos de Athletico-PR e Chapecoense

Além do campeão, o Athletico-PR confirmou a segunda colocação com 65 pontos, garantindo retorno à elite após um ano na Segunda Divisão.
A Chapecoense fez uma campanha consistente e voltou à Série A após anos de reconstrução. O clube catarinense se manteve competitivo durante todo o segundo turno e confirmou o acesso na última rodada. A Chape não jogava o Brasileirão desde 2021.
Remo de volta à elite nacional após 32 anos

O Remo está de volta à elite do Brasileirão após longos 32 anos, graças ao grande trabalho do técnico Guto Ferreira, com suporte do executivo de futebol Marcos Braz, responsável pela contratação do treinador.
Faltando 10 rodadas para o fim da Série B, o Leão Azul ocupava a 12ª posição e estava a sete pontos do G4. Com um grande trabalho, o treinador engatou uma sequência de oito jogos de invencibilidade — foram seis vitórias e dois empates.
O Azulino entrou em campo precisando vencer o Goiás e torcer por derrota do Criciúma ou tropeço da Chapecoense, o que aconteceu. O Leão venceu a equipe goiana de virada, e viu o Criciúma ser derrotado pelo Cuiabá.
Por pouco, mas não deu!
Além dos clubes promovidos, equipes como Goiás, Criciúma, Avaí e Novorizontino chegaram às últimas rodadas ainda com chances matemáticas de acesso. A definição das vagas ocorreu apenas na reta final, com confrontos diretos e combinação de resultados influenciando a tabela.
A Série B de 2025 mostrou novamente que poucos pontos separam o sucesso da frustração.
Rebaixamento decidido sob tensão
Na parte de baixo da tabela, a luta contra o rebaixamento foi intensa até a última rodada. Ferroviária, Amazonas, Volta Redonda e Paysandu não conseguiram manter regularidade ao longo da competição e acabaram rebaixados para a Série C.
Algumas equipes até esboçaram reação no segundo turno, mas o desempenho irregular nos primeiros meses pesou no desfecho final.
Resumo da competição

A Série B 2025 reforçou sua reputação como um dos campeonatos mais difíceis do calendário nacional. Com jogos equilibrados, pressão constante e margens mínimas de erro, a competição premiou quem soube pontuar mesmo nos momentos adversos.
Ao fim de 38 rodadas, o torneio entregou emoção, decisões tardias e um retrato claro da exigência técnica e psicológica que marca a segunda divisão do futebol brasileiro.






































































































































