ESPECIAL SUPERCOPA: Flamengo abre os trabalhos!
Em Belém, sob chuva, festa e paralisação histórica, o Flamengo venceu o Botafogo por 3 a 1 e abriu a temporada 2025 com o título da Supercopa do Brasil.
Belém, PA, 20 (AFI) – O calendário do futebol brasileiro em 2025 começou oficialmente no dia 2 de fevereiro, mas, olhando agora, às vésperas do Natal, é impossível não lembrar que o ano já dava sinais claros de quem estaria no centro das atenções. Em uma noite marcada por chuva intensa, paralisação histórica e uma cidade tomada pelo futebol, o Flamengo venceu o Botafogo por 3 a 1, no Mangueirão, e conquistou a Supercopa Rei, o primeiro título da temporada nacional.
O JOGO QUE ABRIU O ANO
A Supercopa Rei de 2025 reuniu dois campeões de peso. De um lado, o Botafogo, campeão brasileiro de 2024, embalado por uma temporada histórica. Do outro, o Flamengo, vencedor da Copa do Brasil, iniciando mais um ano com ambições altas.

Disputada em partida única, a decisão foi levada para Belém, no Pará, reforçando a política da CBF de descentralizar grandes eventos e levar decisões nacionais para diferentes regiões do país. O Mangueirão, recém-reformado, foi o cenário ideal para um jogo que prometia muito — e entregou ainda mais.

BELÉM TOMADA PELO FUTEBOL
Desde a chegada das delegações, na sexta-feira, a capital paraense respirou futebol. Torcedores dos dois clubes lotaram hotéis, cercaram ônibus e protagonizaram cenas que ajudaram a transformar a Supercopa em um verdadeiro evento popular.
Na concentração do Flamengo, a comoção foi tamanha que houve até um pequeno acidente em frente ao hotel. Histórias curiosas se multiplicaram, como a de um torcedor que brincou dizendo que “venderia o próprio pai” por um autógrafo. No Baenão, estádio do Remo, um torcedor invadiu o treino rubro-negro e chegou a participar do tradicional “bobinho” com os jogadores.
Mesmo longe do Rio de Janeiro, Flamengo e Botafogo mostraram o tamanho de suas torcidas, provando que decisões nacionais seguem mobilizando multidões em qualquer canto do país.
CHUVA, PARALISAÇÃO E UMA FINAL ATÍPICA

Dentro de campo, o roteiro ganhou contornos inusitados logo no início. A chuva que caía sobre Belém se intensificou rapidamente, e aos 15 minutos de jogo, o árbitro Ramon Abatti Abel decidiu paralisar a partida devido ao excesso de água acumulada no gramado.
A interrupção durou 1h12, transformando a final em um teste de paciência para jogadores, comissões técnicas e torcedores. Quando a bola voltou a rolar, o cenário já era de uma Supercopa que entraria para a memória não apenas pelo resultado, mas pelo contexto.
BRUNO HENRIQUE, O NOME DA DECISÃO
Se o ano começou com um protagonista, ele se chamou Bruno Henrique. Ainda no primeiro tempo, o atacante sofreu pênalti de Lucas Halter e assumiu a responsabilidade. Aos 12 minutos, bateu com categoria e abriu o placar para o Flamengo.

Após a retomada do jogo, o ritmo rubro-negro não diminuiu. Aos 19 minutos, Bruno Henrique voltou a aparecer, desta vez com um golaço, consolidando a superioridade do Flamengo na etapa inicial.
O Botafogo, desorganizado e pouco efetivo, praticamente não levou perigo ao gol de Rossi nos primeiros 45 minutos.
SEGUNDO TEMPO DE CONTROLE E GOL DO BANCO
Na volta do intervalo, o Flamengo seguiu impondo seu jogo. Plata perdeu uma chance clara logo no início, Michael quase marcou um golaço de trivela, e Alex Telles ainda acertou o travessão em uma das poucas chegadas do Botafogo.
Já na reta final, Luiz Araújo, que havia acabado de entrar, aproveitou mais uma falha de Lucas Halter, roubou a bola e finalizou por cobertura para marcar o terceiro gol rubro-negro.
Com o placar controlado, o Flamengo diminuiu o ritmo, e o Botafogo descontou com Patrick de Paula, aos 41 minutos. O título, porém, já estava decidido.
FESTA, MOSAICOS E UM ESTÁDIO EM CLIMA DE FINAL
Antes mesmo da bola rolar, o Mangueirão virou espetáculo à parte. A torcida do Botafogo exibiu um mosaico com o mascote do clube segurando as taças do Brasileirão e da Libertadores. Do outro lado, os rubro-negros responderam com um enorme escudo do Flamengo tomando boa parte das arquibancadas.
O pré-jogo ainda contou com show da cantora Joelma, que teve sua apresentação momentaneamente abafada pelas vaias da torcida flamenguista no momento em que os jogadores do Botafogo entraram para o aquecimento — um detalhe que ajuda a ilustrar o clima quente da decisão.
TÍTULO, PREMIAÇÃO E O PRIMEIRO MARCO DE 2025
Com a vitória por 3 a 1, o Flamengo conquistou seu terceiro título de Supercopa, juntando-se às conquistas de 2020 e 2021. Além do troféu, o clube embolsou quase R$ 12 milhões, somando a cota de participação e o bônus destinado ao campeão.
Mais do que o valor financeiro, a Supercopa Rei de 2025 ficou marcada como o primeiro grande marco do ano, dando o tom de uma temporada que, desde fevereiro, já apontava o Flamengo como protagonista.
O GANCHO PARA 2026
Encerrado o ano de 2025, o olhar já se volta para o futuro. O Flamengo voltará a abrir a temporada nacional em 2026, novamente na disputa da Supercopa do Brasil, marcada para 24 de janeiro.
Campeão brasileiro, o Rubro-Negro aguarda apenas a definição do adversário, que sairá da final da Copa do Brasil, entre Corinthians e Vasco. Três cidades surgem como candidatas a receber a decisão: Brasília, Salvador e Manaus, mantendo a proposta de levar grandes jogos a diferentes regiões do país.
Assim, o ciclo se renova — mas a lembrança da Supercopa Rei de 2025 fica como o primeiro capítulo de um ano intenso, cheio de histórias, títulos e imagens que agora, no fim de dezembro, ajudam a contar como o futebol brasileiro viveu mais uma temporada inesquecível.




































































































































